Unimed Teresina denuncia ex-presidente ao MP e à polícia diante suspeita de estelionato
O atual presidente da Unimed Teresina, Emmanuel Fontes, protocolou representações contra o médico Leonardo Eulálio, ex-presidente destituído da instituição e atual presidente do Sistema OCB/SESCOOP-PI. As representações feitas junto ao Núcleo das Promotorias de Justiça Criminais de Teresina e na Delegacia Geral de Polícia Civil, cobram a apuração dos crimes de gestão fraudulenta, estelionato, lavagem de dinheiro, apropriação indébita, associação criminosa e falsidade ideológica. Se condenado, Leonardo Eulálio poderá cumprir penas que variam de 9 a 35 anos de reclusão.
“Espera-se que seja dada a resposta necessária pelo aparelho estatal a fim de que as irregularidades praticadas sejam punidas conforme o rigor da lei, reparando-se a lesão causada aos cooperados da Unimed Teresina”, cobra o presidente da cooperativa.
As irregularidades administrativas de Leonardo Eulálio, que ainda permanece à frente da Organização das Cooperativas Brasileiras no Piauí e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Piauí, referem-se, principalmente, à construção do Hospital Unimed Primavera.
O Sistema OCB/SESCOOP-PI movimenta mais de R$ 3 milhões por ano. “O fato é que, auditado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o SESCOOP-PI saiu recentemente de uma intervenção nacional e, agora, encontra-se numa situação delicada, com seu presidente respondendo por crimes graves como estelionato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha“, lamenta o presidente do Conselho Fiscal da OCB-PI, Gilson Spíndola.
O secretário geral da OCB-PI e presidente do Sicoob no estado, Willame Carvalho, alerta para o risco que corre o Sistema OCB/SESCOOP-PI. “Se a situação permanecer assim, os bens de todos os membros dos conselhos Fiscal e de Administração das duas instituições poderão ser bloqueados pelo TCU a qualquer momento. Estamos fragilizados”, garante.
Eulálio foi destituído da Unimed Teresina, no início deste ano, em assembleias gerais convocadas pelo Conselho Fiscal da cooperativa, diante da constatação de supostas irregularidades. Porém, em não aceitando cumprir as decisões soberanamente tomadas por seus pares cooperados, teve que ser afastado por uma decisão judicial assinada pelo juiz da 6ª Vara Cível da Comarca de Teresina, Édison Rogério Leitão Rodrigues.
A operadora de planos de saúde também irá instaurar processo cível visando a reparação de prejuízos apurados pela cooperativa decorrentes dos possíveis danos relacionados aos fatos analisados na esfera criminal.
A outra parte foi procurada, mas sem sucesso. O espaço está aberto para manifestação.
Fonte: 180graus.com/Com informações de Ascom