Sete são presos por envolvimento em assaltos a bancos em Teresina
Além destes, um jovem foi preso em flagrante por tráfico de drogas. Operação Remanescentes foi deflagrada pelo Greco nesta terça.
Sete pessoas foram presas por suspeita de envolvimento em assaltos praticados contra instituições financeiras no Piauí. Em coletiva de imprensa no início da tarde desta terça-feira (20), o delegado geral Lucy Keiko forneceu informações sobre a atuação da organização criminosa que também é suspeita de atuar no tráfico de drogas, comércio de armas e assaltos a comércios e veículos. As prisões ocorreram nos bairros Piçarreira, Satélite, Alto da Ressurreição e Renascença I.
Além dos presos preventivamente, apontados como autores dos crimes contra as instituições financeiras, uma pessoa foi presa em flagrante por tráfico de drogas. Os detidos foram identificados como: Francisco de Sousa Macêdo, Luiz Afonso Lima Lima de Jesus, Guilherme Henrique Andrade Nunes, Jonas dos Santos Campelo, Rafael da Cruz Oliveira, Adenilson de Melo Nascimento, Rafaela Mainara da Silva de Sousa e Felipe Gustavo Reis Carvalho.
Grupo preso por suspeita de envolvimento em assaltos a bancos. (Foto: Divulgação/SSP)
O último roubo a banco cometido pelo grupo ocorreu no último dia 11 de agosto, na agência do Banco do Brasil da Avenida Jockey Club. Segundo o delegado Gustavo Jung, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado, os suspeitos chegaram a adentrar na agência após quebrarem a porta de acesso com um disparo de arma de fogo. Dentro da agência, o grupo teria violado um caixa eletrônico usando uma barra de ferro, mas antes de colocarem os explosivos foram surpreendidos pelo alarme. Um vídeo gravado pelas câmeras de segurança do banco mostram o momento exato da ação criminosa.
"Eles ficaram apavorados, o que não é comum, mas até mesmo pela equipe que estava com eles, em que alguns eram novos recrutas, eles resolveram desistir e marcar um novo dia para a ação criminosa. Como o trabalho do Greco também é preventivo, tiramos de circulação tanto pessoas que tenham foco espécie o roubo a instituições financeiras, mas também outros crimes, como o tráfico de drogas", afirmou o delegado Gustavo Jung, acrescentando que o grupo é formado também por pessoas de outros estados.
O delegado Gustavo Jung, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado. (Foto: Elias Fontenele/ O Dia)
Segundo o delegado geral Lucy Keiko, o bando era comandado por um indivíduo identificado como Luiz Afonso Lima Lima de Jesus, também conhecido como Javeleta, que já possui passagens pela polícia pelo mesmo tipo de crime e era monitorado por tornozeleira eletrônica. No momento da prisão, o suspeito teria ateado fogo no próprio aparelho telefônico para destruir provas do seu envolvimento com o bando.
"O Javeleta já é bastante conhecido. Ele ateou fogo no celular justamente porque sabia que o celular estaria recheado de provas de que ele era o líder, mas conseguimos pegar anotações que comprovam a prática incessante de crimes por parte do grupo. Ele é um indivíduo bastante perigoso que tem associação com o Marcelo Negão, que se encontra foragido pelo assalto ao banco em Campo Maior", informou o delegado.
O delegado geral Lucy Keiko. (Foto: Elias Fontenele/ O Dia)
Durante a operação a Polícia conseguiu ainda apreender uma quantidade de drogas em posse dos supostos envolvidos. O coronel James Sean, do BOPE, explica que os presos foram surpreendidos pelos policiais. "Eles não resistiram a prisão, estavam dormindo no momento em que cumprimos os mandados, podemos dizer que eles não esperavam que fossem presos", afirma.
Drogas apreendidas durante a operação. (Foto: Elias Fontenele/ O Dia)
A Polícia Federal foi contactada e deu apoio na operação, dado a suspeita de que o grupo criminoso também tenha participado de ataques a agências da Caixa Econômica Federal. Segundo o Greco, as investigações ainda estão em andamento e outras prisões podem ser efetuadas nos próximos dias.
Matéria original
Foi deflagrada na manhã desta terça-feira (20) a operação "Remanescentes" que visa à repressão dos crimes contra instituições bancárias no estado do Piauí, mas especificamente na cidade de Teresina, com o foco em roubos, armas e drogas.
A operação foi deflagrada pelo Grupo de Repreensão ao Crime Organizado (GRECO), com apoio da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/PI). Em nota enviada à imprensa, a SSP informou que foram cumpridas 15 ordens judiciais com a participação de policiais da Polinter e do Batalhão de Operações Especiais.
Até o momento não foram divulgadas informações sobre a identidade dos suspeitos e os detalhes sobre os crimes cometidos pelo grupo.
Mais informações sobre a operação serão repassadas para imprensa pelo secretário de Segurança Fábio Abreu, com as presenças do delegado geral Luccy Keiko, coordenador do Greco delegado Tales Gomes e demais autoridades policiais através de coletiva, 11h45, na sede do GRECO.