quarta-feira, 15 de junho de 2022

Semcaspi aponta negligência e violência psicológica como maiores violações contra pessoa idosa

 



Semcaspi aponta negligência e violência psicológica como maiores violações contra pessoa idosa. Foto (Ascom /Semcaspi)

A Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi) divulgou nesta quarta-feira, (15), os dados de janeiro a maio deste ano e apontou a violência psicológica e a negligência como as maiores violações contra a população idosa em Teresina. O balanço dos dados reforça a luta em alusão, ao Dia Mundial de Conscientização da Violência contra Pessoa Idosa.

Os dados da Gerência de Direitos Humanos da Semcaspi (GDH), por meio do Disque Cidadania, apontam que de janeiro a maio deste ano, as violações com maiores registros são: Violência Psicológica, com nove ocorrências; Negligência, com seis; e a Violência Financeira e Física, com duas ocorrências cada violação.

Segundo Allan Cavalcante, secretário da Semcaspi, a Semcaspi possui uma rede de trabalho com a pessoa idosa, que atua na prevenção e no enfrentamento da violação.

“A Semcaspi trabalha a prevenção e também o pós-violação. Os CRAS, que é a porta de entrada da Assistência Social, oferecem serviços que atuam na prevenção, como os Centros de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e o PAIF, que é o Programa de Atenção Integral à Família. Já no enfrentamento, temos o Disque Cidadania, onde recebemos as denúncias, o Conselho Municipal dos Direitos dos Idosos (CMDI), e atuamos com duas ILPIs, Nosso Lar e Lar de S’antana e o Centro-Dia Jequitibá”, citou.

Allan Cavalcante ressalta que as duas violações mais cometidas contra a pessoa idosa são praticadas no âmbito familiar da vítima.

“As mesmas violações destacadas este ano, a violência psicológica e a negligência, estão no topo do ranking do ano passado. A gente observa que, infelizmente, o agressor ou agressora, faz parte do convívio da vítima, ou seja, uma pessoa que supostamente seria de confiança. Diante deste cenário, a gestão do Dr. Pessoa tem fortalecido o trabalho de prevenção e fortalecendo os vínculos familiares, informando estes idosos sobre o que são as violências e as formas de denunciar, independente de quem seja o agressor, até porque há uma resistência de formalizar a denúncia por se tratar de um ente”, pontuou.

IDADISMO COMO NOVO PRECONCEITO

A presidente do Conselho Municipal dos Direitos dos Idosos (CMDI), Maria Auxiliadora Sampaio, destaca que a população idosa tem sofrido um novo preconceito chamado de Idadismo, que acontece quando se busca categorizar ou dividir as pessoas a fim de causar prejuízos, desvantagens e injustiças.

“Os idosos estão sofrendo um novo preconceito, que é contra a idade e está muito frequente. Este preconceito é praticado por pessoas em geral e estamos passando por um momento muito difícil na sociedade, porque estamos envelhecendo muito jovem, a partir de 60 anos já é considerado idoso no Brasil. E o pior, a sociedade de modo geral, não está preparada para conviver com este público”, esclareceu.

FORMAS DE DENUNCIAR

Para quem presenciar algum tipo de violação contra a pessoa idosa, deve acionar o Disk Cidadania pelo telefone: 0800 280 5688 ou o próprio Conselho Municipal dos Direitos do Idoso (CMDI), localizado na sede da Semcaspi, rua Álvaro Mendes, 861, Ed. Clemente Fortes, Centro. Telefone: 86 3222-4700.

fonte pmt.pi.gov.br