Obra em escola estadual deveria ter sido concluída há cerca de seis meses
Alunos da Unidade Escolar Helvídio Nunes estão assistindo aula no colégio Lélia Avelino para não perder o ano letivo de 2014
As obras de reforma e ampliação da Unidade Escolar Helvídio Nunes, localizada no bairro Marquês, zona Norte de Teresina, teve início em setembro do ano passado. A construção, orçada em R$ 774.120,71, tinha prazo de conclusão de 180 dias, entretanto, mais de um ano depois, apenas 60% foi concluída.
Os mais de 500 alunos do 1º, 2º e 3º ano do Ensino Médio, que estudam na instituição, estão recebendo aulas na Unidade Escolar Lélia Avelino, no bairro Aeroporto. Essa foi a alternativa encontrada para garantir que os estudantes não perdessem o período letivo.
O ritmo da obra segue desacelerado e conta apenas com cinco operários. Segundo Francisco Lopes dos Reis, encarregado pela construção, o recurso do governo federal não está sendo repassado para o Estado, que, por sua vez, não tem feito o pagamento à construtora.
Foto: Marcela Pachêco/O Dia
Reforma iniciou em setembro do ano passado e tinha prazo de conclusão de 80 dias
“A construtora está seguindo a obra com recurso próprio. Aqui não tem previsão para ser concluído e a empresa disse que, enquanto não pagarem, a obra não será acelerada. Estamos fazendo apenas o básico, com o que tem aqui de material, como a colocação da cerâmica. A obra era para ter parado de vez, mas a empresa que não quis”, disse.
A reforma geral vai desde a troca do piso, portas e janelas, até a parte hidráulica, elétrica, construção de um refeitório e quadra de esportes. Francisco Lopes dos Reis relata ainda que, se o recurso for liberado, o restante da obra pode ser concluído em até 120 dias.
De acordo com a professora Delcides Maria de Sousa, os alunos foram transferidos para outra escola em fevereiro deste ano, quando teve início o período letivo. “Antes de começar as obras, os alunos estavam aqui, porque estava sendo arrumado por partes, mas aí eles tiveram que mudar de vez. Como as salas estão quebradas, todo o nosso acervo de livros está ali fora e só está funcionando a secretaria e a sala do diretor”, disse.
A professora explica que os estudantes não estão tendo prejuízos com a obra, mas afirma que na escola, onde os alunos foram alocados temporariamente, eles não têm acesso à biblioteca ou sala de informática. “Lá nós não temos a parte de informática, nem biblioteca nossa, lógico. Lá tem, mas os alunos não usam, só mesmo a sala de aula”, fala.
fonte portal o dia