De acordo com Yana, o diagnóstico veio quando ela procurou atendimento médico com sintomais gripais persistentes.

Yanna Laving, de 18 anos, foi diagnosticada com câncer em dezembro do ano passado, em Teresina-PI. Ela na 22ª semana de gestação quando recebeu a confirmação. Desde então, ela travou uma luta pela sua vida e de seu filho.
Apesar da preocupação, a jovem conseguiu dar à luz um bebê saudável, o pequeno Ravi, que nasceu em 26 de janeiro deste ano. Oito meses depois, Yanna tocou o ‘sino da vitória’, utilizado em hospitais para comemorar o término do tratamento contra a leucemia mieloide aguda.
De acordo com Yana, o diagnóstico veio quando ela procurou atendimento médico com sintomais gripais persistentes. Ela foi transferida para a maternidade com suspeita de Covid-19, mas após a realização de exames, a causa do problema foi apontada como pneumonia. Além disso, as plaquetas estavam muito baixas, sendo necessário mantê-la internada.
“Eu internei no domingo, no outro dia me perguntaram se podiam fazer o exame mielograma [que analisa a medula óssea] e eu não sabia nem o que era, mas disse que podia. Foi quando eu descobri a leucemia”, contou.
Dez dias depois, a jovem deu início às sessões de quimioterapia. Para ter certeza que o filho estava bem, Yana realizava ultrassons duas vezes por semana. No entanto, ao chegar à 29ª semana de gravidez, a paciente foi comunicada pela equipe médica que uma cesária de emergência era fundamental.
Após o procedimento, Ravi passou 68 dias internado. O nascimento do bebê foi um momento muito aguardado pela mamãe, que estava com o coração aflito durante o parto.
“Eu tive muito medo de ele nascer sem vida. Na hora [do parto] ele não reagiu, passou dois minutos sem dar sinal. Depois conseguiram reanimar ele”, disse.
Já com o filho nos braços, a paciente buscou forças para conseguir a vitória na batalha contra o câncer. Os meses seguintes foram decisivos para a jovem ouvir a notícia que tanto sonhava: o fim do tratamento se aproximava.
“A médica veio conversar comigo e minha mãe, disse que eu faria a última quimioterapia. Eu fiz e essa última me derrubou bastante, passei um mês internada basicamente. Voltei pra casa, fiz um exame e deu limpo, pediram pra eu fazer outro exame pra ter certeza e deu limpo de novo”, ressaltou.
Um mês após se ver livre da doença, a jovem agora planeja os próximos passos para o futuro com Ravi. Os planos incluem iniciar a faculdade de Direito.
“Continuei por ele, acho que sem ele eu tinha desistido no meio do caminho. Ele representa força, esperança. A minha vida toda é ele. O hoje é pra ele e por ele. Pretendo me formar, arrumar um serviço para que não falte nada pro meu filho. Meu dia-a-dia tá diferente por conta dele, do neném, mas tá melhor do que nunca”, concluiu.
Fonte: portalclubenews.com/ g1 Piauí