A prisão de Cauã Alexandre, acusado de matar Kaylson Carvalho Neiva com mais de 20 facadas, no último sábado (25/05), aconteceu graças a um vizinho, segundo o coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o Barêtta.
Após ouvir os gritos de Kaylson por volta das 5h, o vizinho utilizou um cadeado para trancar a grade do apartamento, evitando que Cauã fugisse do local. O crime ocorreu no Residencial Francisco Oliveira, localizado no Parque Sul, na zona sul de Teresina.
Nas redes sociais, amigos e familiares prestaram homenagens a Kaká, a vítima fatal. "Vai com Deus meu amigo, que a justiça seja feita 😢", disse um amigo. "😭😭😭😭😭😭😭 Sem acreditar meu amigo 💔🥀", lamentou outra pessoa. "Era uma pessoa muito responsável", "Sem acreditar na sua morte 😢😢😢", "Estou sem acreditar na perda desse amigo, gente do bem", foram alguns dos comentários emocionados.
O que diz o DHPP
Segundo o delegado Barêtta, a violência do crime chamou a atenção dos policiais que atenderam à ocorrência. O apartamento da vítima estava revirado, com muito sangue. Cauã teria dito à polícia que agiu em legítima defesa, mas o delegado explicou que essa tese não se aplica ao caso. "Ele alega que a vítima tentou estuprá-lo, mas a brutalidade do crime não guarda traços de legítima defesa. Ele usou duas facas, possivelmente da cozinha da vítima, para matar o rapaz. Uma faca foi encontrada sobre o sofá e a outra ao lado do corpo, ambas com as lâminas retorcidas. Os peritos contabilizaram mais de 20 facadas no corpo da vítima, na região do pescoço, tórax e abdômen", disse o delegado.
"Ele só não fugiu porque esse vizinho, ao perceber algo estranho, astuciosamente colocou o cadeado na grade, trancando o suspeito dentro do apartamento da vítima. Ele tentou sair várias vezes, mas não conseguiu. A polícia chegou e prendeu ele em flagrante", contou o delegado.
Antes do crime, Kaylson e Cauã teriam consumido bebida alcoólica em um bar nas redondezas do condomínio. Cauã teria dito à polícia que foram para o apartamento da vítima, onde fizeram uso de substância entorpecente e se desentenderam. "O suspeito alega que a vítima tentou ter relação sexual e ele não aceitou, por isso matou", contou Barrêtta.
Cauã Alexandre da Silva Lima continua preso. Ele passou por audiência de custódia no domingo (26) e teve a prisão em flagrante convertida para preventiva pelo juiz José Olindo Gil Barbosa.
A polícia agora tenta refazer os últimos passos da vítima para entender o que aconteceu no local.
fonte 180graus.com