Mais de 300 cirurgiões-dentistas de Teresina podem deflagrar greve
Profissionais da área dizem que a prefeitura fez proposta de reajuste e depois retirou. Negociação começou em janeiro.
Os cirurgiões-dentistas da Fundação Municipal de Saúde paralisam as atividades nesta quinta feira (12) e realizam uma assembleia geral para avaliar a proposta de deflagração de uma greve. A categoria reclama que a prefeitura fez uma proposta de reajuste salarial e voltou atrás.
Cerca de 358 profissionais integram o quadro da prefeitura e reclamam que outras categorias da saúde foram beneficiadas com reajustes e agora a prefeitura alega que o impacto com mais um aumento seria alto.
O diretor do Sindicato dos Odontologistas do Piauí, Marcondes Martins, explica que a classe tenta fechar um acordo desde o início de janeiro deste ano, sem sucesso.
"Essa negociação se arrasta desde 11 de janeiro de 2013. Recebemos uma proposta do gabinete do prefeito e aceitamos através de ofício no dia 12 de setembro. A proposta era de reajuste escalonado em 4 anos que chegaria a 55%. De repente, a proposta sumiu e foi suspensa. Eles alegam que já gastaram R$ 13 milhões a mais do que estava previsto para esse ano com a folha dos médicos, fizeram acordo com os profissionais da enfermagem que vai chegar a R$ 3 milhões e agora estão reavaliando a proposta que fizeram para nós", explica Marcondes.
Os dentistas vão discutir a situação durante a assembleia e poderão dar início a uma greve. "Convocamos todos os profissionais para debatermos a situação e vamos decidir se fazemos ou não uma greve", diz.
Secretário de Administração, Charlles Max
O secretário de Administração, Charlles Max, se diz surpreso com a possibilidade de greve, já que ontem (10) houve uma reunião com dois representantes do sindicato, na Secretaria de Governo, onde foi acordado que uma simulação do impacto financeiro em decorrência do reajuste proposto seria feita logo após o fechamento da folha de pagamento do 13º.
"Causa estranheza essa decisão de paralisar porque ontem explicamos para eles que estávamos com muito trabalho por conta do fechamento da folha, mas logo que terminássemos faríamos a simulação para verificar o impacto. Os representantes do sindicato aceitaram esperar até que a simulação ficasse pronta para, então, discutirmos. Não podemos fechar um acordo de reajuste sem saber se o impacto ficará dentro do orçamento, respeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal", diz.
fonte cidadeverde.com