quinta-feira, 5 de junho de 2014

“Pessoas vão morrer se greve continuar”, diz diretor do HUT


“Pessoas vão morrer se greve continuar”, diz diretor do HUT

O diretor do Hospital de Urgência de Teresina, Gilberto Albuquerque, informou que se a greve dos enfermeiros, que ocorre desde o dia 27 de maio e oficializada ontem (4), continuar, haverá mortes de pacientes por falta de atendimento. A TV Cidade Verde mostrou no Jornal do Piauí desta quinta-feira (5) a situação da unidade que está com muitas macas nos corredores e a revolta dos usuários. 


Heloísa de Sousa, que trouxe a irmã de Floriano, reclamou do mau atendimento. “Vim com a minha irmã de Floriano porque ela estava com insuficiência cardíaca e renal. Aqui a gente se depara com uma situação pela qual nunca passei na minha vida: não tem médico para dar a medicação. Minha irmã ainda hoje se encontra com febre. É uma falta de respeito com a sociedade e os direitos humanos. Nós pagamos nossos impostos. Aqui a sujeira é demais. Ontem eu comecei a passar mal e um médico disse pra mim ‘não passe mal não, porque senão a senhora vai morrer aqui mesmo’”, indigna-se. 

O diretor do HUT disse que a quantidade de servidores está reduzida por conta da greve dos enfermeiros e que as atividades em todos os setores estão comprometidas. “Isso causa uma grande complicação. É menos assistência para quem está doente e isso pode resultar no óbito dos pacientes”, declarou, embora informe que ainda não houve mortes por falta de atendimentos. “Reduzir o pessoal é crime”, acrescentou. 

A advogada Rubenita Lessa, membro da Comissão de Defesa da Saúde da OAB foi ao HUT nesta manhã e disse que o quadro do hospital é insustentável. “É uma situação caótica. Nós da OAB queremos que todos os funcionários sejam bem remunerados. Mas estamos falando de 80 a 150 pacientes nos corredores. São dez enfermeiros para cada um dos dois halls que existem, um número insuficientes. A Procuradoria Geral do Município entrou com ação para a ilegalidade da greve e  acreditamos que a paralisação é ilegal porque não podem pedir à custa da vida das pessoas”, pontua. 

fonte cidadeverde.com