Polícia realiza reconstituição para identificar atirador de Ruan Pedreira
A Polícia Civil realizou por volta das 21h deste domingo (17) a reconstituição da morte do estudante Ruan Pedreira Silva, 21 anos, que levou um tiro na cabeça durante confusão no bar Cais do Parnaíba, na avenida Maranhão, durante a Copa do Mundo. O crime ocorreu no dia 28 de junho quando o estudante comemorava a vitória do Brasil contra o Chile. Na simulação, a polícia trabalha com um segundo suposto atirador em Ruan durante o tiroteio.
A reconstituição estava marcada para às 19h, mas só teve início às 21h, devido a falta da Polícia Militar para interditar a avenida Maranhão e dar segurança as testemunhas.
Foto: Yala Sena
Participaram da reconstituição, o delegado Anchieta Pontes, que investiga o caso, além dos dois seguranças, dois amigos de Ruan, que estavam no momento do crime, e a namorada do suposto atirador.
Peritos do Instituto Criminalística fazem os últimos passos do Ruan Pedreira. O delegado Anchieta Pontes disse que a dúvida é sobre a autoria do crime. “Vamos saber se a movimentação tanto do Ruan como do acusado é combatível com os tiros dados no local”, disse o delegado.
Os seguranças contaram no local do crime que o acusado – o corretor de imóveis de nome Erlândio – chegou acompanhado de sua namorada e queria entrar no bar. Um dos seguranças tentou lhe revistar e ele se negou. Em seguida houve um bate-boca e ele jogou um copo de uísque na cara do segurança. O segundo segurança o imobilizou e o dono do bar pediu que o liberasse. Ao sair, ele fez oito disparos.
“Foram dois tiros em direção a nós (os seguranças), quatro para o público e dois tiros para cima intimidando o público”, disse o segurança que não quis de identificar durante a entrevista.
Segundo atirador
Um das novidades da reconstituição foi o surgimento de um segundo atirador. Um dos seguranças contou que durante a confusão foram ouvidos 10 tiros. “Parece que outro atirador disparou dois tiros contra o acusado de iniciar a confusão. Tinha muita gente, mais de 400 dentro do bar e 250 pessoas no meio da rua”, disse o segurança.
Ele revelou ainda após os tiros, o acusado ainda voltou ao bar para ameaçar os seguranças.
Reconstituição
Os seguranças participaram da reconstituição usando um capuz para não serem identificados. Os amigos de Ruan não deram entrevistas. A prima de Ruan, Jaqueline Nobre, reclamou da falta de estrutura e de segurança durante a reconstituição.
O delegado geral de Polícia Civil, James Guerra, confirmou que a polícia já tem a identificação do autor do disparo que matou o estudante Juan. "Não vamos divulgar o nome ou a foto para não atrapalhar a finalização do inquérito", completou.
James reafirmou que o tiroteio aconteceu em um bar próximo ao local onde estava o estudante e que a vítima atingida não tem relação alguma com os disparos. "Ontem (17) foi feita a última etapa pericial, que é a reprodução simulada. Vamos aguardar alguns dias para o laudo, mas toda a parte testemunhal já foi levada a termo", destacou.
fonte Flash Yala Sena (Direto do local)
Atualização de Jordana Cury
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