sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Acusado de homicídio se apresenta, mas não pode ser preso por conta da eleição


Acusado de homicídio se apresenta, mas não pode ser preso por conta da eleição

Francisco de Assis Vasconcelos acusado de matar a professora Adriana Tavares e tentar assassinar a ex-mulher se apresentou nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (24). O suspeito presta depoimento a delegada de Polícia Civil Thaís Lages, mas não poderá ser preso devido a legislação eleitoral. No período que antecede o pleito, eleitores só podem ser presos em casos de flagrante. 

 
                                                                                                       Maria das Dores e o acusado; Professora Adriana Tavares era amiga da ex-companheira do suspeito

"Ele aparentava estar tranquilo, mas ao mesmo tempo assombrado. O acusado compareceu a delegacia com o advogado, mas devido ao 2º turno das eleições, só poderá ser preso a partir da quarta-feira (29), mesmo que antes desse período, seja concedido um mandado judicial", explica Baker Martins, chefe de cartório do 1º Distrito Policial de Campo Maior.

A proibição da prisão de eleitores está prevista no artigo 236 do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965). De acordo com a legislação, cinco dias antes das eleições, até 48 horas após o término do pleito, nenhum eleitor poderá ser preso ou detido, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto.

A professora morreu com afundamento de crânio, após ser agredida a pedradas pelo acusado. Ela era amiga de Maria das Dores, ex-mulher do acusado, que foi golpeada com uma tesoura, mas passa bem. As duas eram professoras e foram agredidas quando retornavam do trabalho. O crime ocorreu no último dia 22.

Professores protestam 


Professores, familiares e colegas de trabalho das vítimas protestam em frente ao prédio da delegacia para tentar sensibilizar autoridades do judiciário. Revoltados, os manifestantes temem que acusado não seja liberado após o depoimento. 

“Não podemos aceitar que um assassino pratique um crime tão bárbaro e saia impune”, disse Renato Vasconcelos, primo da vítima.

fonte cidadeverde.com