Servidores de 15 categorias iniciam greve com manifestações em frente ao Palácio de Karnak
Cerca de 80% dos servidores públicos estaduais iniciaram na manhã desta segunda-feira (24) uma paralisação por conta da quebra do acordo de pagamento dos reajustes salariais escalonados. A greve será reforçada com uma manifestação em frente ao Palácio de Karnak, sede do Governo do Estado. Entrevistado no Notícia da Manhã, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpolpi), Constantino Júnior, desabafou contra o governador Zé Filho (PMDB).
"O governo anterior colocou no orçamento a previsão do reajuste. Depois da eleição, fomos surpreendidos pelo atual governo. Por isso estamos nos mobilizando. A paralisação é em razão da falta de compromisso do Governo do Estado. Repudiamos a forma como ele vem nos tratando. Sabemos que o Fundo de Participação é oscilante, mas não é essa justificativa que vai convencer os trabalhadores", comentou o sindicalista.
Com a paralisação, a Polícia Civil atenderá nas próximas 72 horas apenas os casos de homicídios, estupros e crimes relacionados a crianças, adolescentes e idosos, além dos hediondos. "Não registraremos boletins de ocorrência pelos próximos três dias", avisou Constantino Júnior.
Além dos policiais civis, pelo menos outras 14 categorias resolveram cruzar os braços nesta segunda-feira. A mobilização conta com a participação, por exemplo, de agentes penitenciários, delegados de polícia e servidores da Educação e da Saúde.
As categorias protestam contra a quebra do acordo de pagamento dos reajustes salariais escalonados. O Governo do Estado alega que não poderá efetuar os pagamentos por conta da recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que determinou corte de gastos para que a administração pública retome o controle com pessoal, diminuindo o percentual limite previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal.