Categorias insatisfeitas com “calote” do governo buscam apoio da oposição para conseguir reajuste
Representantes da categoria conversaram com deputados na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), cobrando o cumprimento da 4ª parcela do aumento assegurado em Lei desde 2011
A categoria dos militares do Piauí tem se mobilizado cobrando o cumprimento do repasse da quarta e última parcela do acordo previsto na Lei dos Subsídios dos Militares do Piauí, aprovada em 2011 durante o Movimento Polícia Legal. Na Assembleia, a categoria esteve nesta quinta-feira (07/05), solicitando o apoio dos parlamentares. Eles planejam movimentos políticos que envolva toda a categoria.
Os servidores estaduais afirmam que estão sofrendo uma espécie de "calote" por parte do governo. O secretário de Administração, Franzé Silva, afirma que não existe calote porque o governo tem demonstrado interesse em negociar com as categorias. "O governo vai pagar na hora que as finanças permitirem. Isso vai ser feito de forma retroativa", declarou.
A polêmica já chegou a Câmara de Vereadores de Teresina apesar de se tratar dos servidores municipais. Na quarta-feira (06/05), os vereadores de Teresina, aprovaram por unanimidade na Câmara de Vereadores, o requerimento de audiência com o governador Wellington Dias para explicar o não cumprimento dos acordos dos militares.
“Se existe quebradeira no Estado, os militares não podem ser os prejudicados", disse o vereador, R. Silva (PP).
O presidente da Associação dos Bombeiros do Piauí, subtenente Cruz, afirmou que a categoria está unida e que movimentos políticos devem ser realizados com o objetivo de forçar o governo a cumprir o acordo previsto na lei.
"Pela natureza da nossa categoria fica meio complicado grevar, mas, com certeza, realizaremos movimentos políticos fortes para fazer com que o nosso acordo, que vem desde 2011 e era cumprido pelos outros governos, possa ser cumprido também pelo governador Wellington Dias", frisou
O deputado Evaldo Gomes (PTC) deu apoio ao movimento dos militares e prometeu fazer requerimento de audiência pública com os secretários de Estado. "O governo está descumprindo o que é previsto em lei, mas faz uma reforma que só cria cargos e empregos e não beneficia áreas importantes como a segurança pública, a saúde e a educação", questionou o oposicionista.
"É de muito se estranhar um governo que não quer cumprir acordos. As categorias dos servidores são sofridas, ganham poucos e ainda mais quando se trata de policiais civis e militares que são áreas prioritárias do nosso estado e do nosso país", declarou apoio à categoria o deputado Marden Menezes (PSDB), que assegurou ainda o apoio a outras pautas dos servidores estaduais que cobram cumprindo de Plano de Cargos Carreiras e Salários.