Policiais conduzem enfrentamento ao crime com força ostensiva
Em 12 horas de plantão, os policiais da Força Nacional realizam blitze, barreiras, abordagens a suspeitos e cumprimento de mandados na Capital
É no começo da tarde, quando o sol de Teresina é sentido em sua forma mais abrasadora, que os policiais da Força Nacional começam a se preparar para mais um dia de atuação nos bairros da cidade. Às 13h, diariamente, parte do grupo de agentes de segurança enviados ao Estado se reúne na sede do antigo 1º Batalhão, na zona Sul de Teresina e, de lá, iniciam a preparação para seguir em comboio às suas respectivas áreas de atuação. Em 12 horas de plantão, os policiais realizam blitze, barreiras, abordagens a suspeitos e cumprimento de mandados de busca e apreensão. A reportagem do Jornal ODIA acompanhou parte da rotina dos policiais da Força Nacional durante uma tarde de missão na capital do Piauí. E o objetivo do grupo fica claro já nos primeiros minutos: enfrentar de forma ostensiva a criminalidade nas ruas da cidade.
Foto: Jailson Soares/JornalODIA
A Força Nacional já atua em Teresina há mais de dois meses, após o Estado ter decretado situação de emergência na área de segurança. O acordo estabelecido pelo Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Segurança Pública e do Departamento da Força Nacional de Segurança Pública, é de que os agentes permaneçam no Piauí por 90 dias. Passados os primeiros meses, faltam 23 dias para o cumprimento do tempo total de missão. No entanto, a expectativa é que esse período possa ser prorrogado.
De acordo com os últimos dados divulgados, após a chegada dos agentes nacionais, o índice geral da violência caiu 37% em Teresina. As estatísticas têm servido de vitrine para os gestores estaduais e como tranquilizadores para a população. “Passamos 18 dias sem nenhum homicídio aqui em Teresina”, lembra um dos agentes.
A atuação dos policiais da Força Nacional acontece nas consideradas “manchas vermelhas” da cidade, áreas onde são recorrentes crimes de homicídios, tráfico ou assaltos. Esses locais foram previamente levantados e diagnosticados pelas polícias Militar e Civil do Piauí, órgãos responsáveis por atuar em conjunto com o reforço nacional. Por isso, a cada novo dia de operação, o grupo de agentes da Força é direcionado a um batalhão local.
Nessa semana, as regiões atendidas pelo 9º DP receberam o reforço policial. Até chegar ao Departamento de Polícia, o comboio de oito carros segue pelas ruas de Teresina de forma sistemática. Um dos veículos interrompe os cruzamentos até que todo o grupo ultrapasse. Enquanto podem, as pessoas acompanham o fluxo dos carros pretos plotados com o brasão da elite da Polícia Militar no Brasil.
Já no Batalhão, passadas todas as orientações, o grupo, que antes era coeso, se divide. São quatro policiais em cada viatura, que serão responsáveis por executar abordagens e barreiras nas áreas atendidas pelo batalhão em questão. Os grupos se dividem em regime de plantão, em dois grupos que revezam o trabalho. O horário de atuação também é determinado por análises prévias. No período de 14h à 1h da manhã, de acordo com a polícia, é quando se constata a realização de 70% dos crimes cometidos em Teresina. Esse também é o horário de atuação dos policiais de elite.