Painel de Iemanjá é furtado do 'Salve Rainha'
Obra do mestre Nonato Oliveira foi exposta ao público no último domingo e sumiu do lugar em menos de 24 horas.
Membros do Coletivo Salve Rainha estão usando as redes sociais para mostrar sua revolta diante do furto de uma obra exposta na última edição desta temporada do movimento em Teresina. Na madrugada de segunda-feira (01) um painel de quase três metros de altura, retratando Iemanjá, (foto ao lado) foi furtado do local onde aconteciam os encontros. A obra tinha sido posta em exposição na manhã do domingo (31).
Segundo a estudante Camila Fortes, que integra o coletivo, a organização do Salve Rainha vai procurar hoje a polícia para registrar um Boletim de Ocorrência. A jovem diz que a situação é revoltante, que espera que os culpados sejam encontrados o mais rápido possível e que a obra ainda esteja intacta.
“É muita audácia e falta de respeito alguém roubar arte. Falta de respeito com o coletivo, com o artista que produziu e, principalmente, com o público, que foi privado da beleza daquela tela. A intenção do Salve Rainha é levar arte e entretenimento para as pessoas e tem alguém que se acha no direito de se apropriar indevidamente disso”, declara a estudante.
Ela acredita que a tela tenha sido roubada por pelo menos três pessoas, uma vez que media quase três metros de altura. Segundo ela, o interesse de quem cometeu este crime seria a estrutura que sustentava o painel e não a obra em si.
“A parte de trás era cheia de barras ferros grossos que poderiam sustentar muito bem qualquer tipo de estrutura e não foram baratos para o coletivo. Então eu acho que as pessoas que fizeram isso queriam mais essa base para usar para outros fins, do que a tela mesmo”, afirma Camila Fortes.
Uma das organizadoras do coletivo, Ana Carolina, disse nas redes sociais que esta não é a primeira vez que o Salve Rainha tem objetos de exposição roubados. De acordo com ela, este é o segundo painel de Iemanjá furtado do local do movimento.
“Eu só fico pensando porque conseguimos reunir milhares de pessoas no domingo à noite, carentes de entretenimento e cultura, e, na segunda-feira, somos despertados desse sonho com essa realidade que não respeita minimamente nossos esforços. Falta educação para respeitar um movimento, falta segurança para manter uma iniciativa, falta incentivo para que possamos reconstruir os sonhos e os planos de novo”, finaliza Ana Carolina.