Depois de impasse, III Gaymada acontece na Praça do 25º BC
Evento esportivo promove jogos de queimada e representa um ato político contra o preconceito
Os times que participaram da terceira edição da Gaymada tiveram que resolver um impasse antes de iniciar a competição. O evento esportivo promove jogos de queimada e representa um ato político contra o preconceito a gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais.
O problema antes da partida ocorreu porque a Praça do 25° BC, próxima à avenida Miguel Rosa, estava ocupada. O espaço havia sido reservado pelos organizadores do evento, mas um time de basquete masculino se recusou a deixar o local, argumentando que já usavam há muitos anos e que a Gaymada poderia ocorrer nas outras quadras.
Sem chegarem a um consenso, os organizadores do evento LGBT hastearam bandeiras com as cores do arco-íris nas cestas de basquete, o que levou os jogadores a deixarem o espaço.
Segundo Fabrício Andrade, a proposta da Gaymada é exatamente ocupar espaços públicos e dar visibilidade a um segmento social que sofre com a homofobia. ‘É um movimento político na nossa cidade que é cheia de machistas e homofóbicos”, afirma Fabrício.
A Gaymada já foi realizada na Praça dos Skatistas, na Potycabana e, agora, na Praça do 25º BC. “Algumas pessoas olham com estranhamento, mas também existe certa curiosidade e alguma proximidade. E isso é importante”, observa Fabrício, acrescentando que o evento tomou proporções maiores do que eles imaginaram.
A queimada é um jogo em que participam duas equipes. A disputa consiste em acertar o adversário com a bola. O grupo vencedor será aquele que fizer o maior número de “mortos” dentro de um tempo pré-estabelecido, ou então, aquele que “matar” todos os jogadores adversários.