Robert Rios ameaça pedir prisão de João Rodrigues Filho
Gastos do governo do Piauí com publicidade; deputado quer respostas ou acionará o MP
O deputado estadual Robert Rios (PDT) não ficou convencido com o relatório enviado pela Coordenadoria de Comunicação do Estado a respeito dos contratos de publicidade com veículos de comunicação, alvos de diversas matérias do portal 180graus.com nos últimos meses. As explicações foram pedidas em requerimento enviado ao coordenador da pasta, João Rodrigues Filho. Robert disse na tribuna da Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (02/06) que os papéis não explicam nada, e reforçou sua intenção de representar contra o gestor da CCOM junto ao Ministério Público, inclusive com pedido de prisão do secretário.
Até o começo do mês de maio, a CCOM já havia empenhado mais de 60% do valor previsto no orçamento da pasta para todo o ano. São contratos que contemplam desde grandes a pequenos veículos de comunicação, estes, grande parte portais e rádios comunitárias do interior do Piauí. Muitos, como já denotou o portal, são da região de Picos, onde nasceu João Rodrigues.
O parlamentar afirma que contratos são muitos suspeitos, e questiona o fato de que as informações sobre as licitações não ganhem publicidade, levantando a possibilidade de irregularidades na aplicação deste dinheiro.
— Existem portais que eu nunca ouvi falar recebendo 90, 100 mil reais por mês. E são vários da região de Picos - região do coordenador. Isso é muito estranho. O João Rodrigues emitiu uma notinha insignificante explicando os repasses, mas eu quero saber é das licitações —, afirmou o deputado, que pediu todas as licitações, contratos firmados com órgãos divulgadores do último ano e as despesas atuais.
Segundo Rios, caso João Rodrigues continue a se negar a mostrar toda a documentação oficial, ele irá pedir a prisão do coordenador.
Ou ele pensa que eu sou besta ou ele está desdenhando desta Casa. Inclusive se ele não mandar as respostas exatas eu vou representá-lo ao Ministério Público e pedir a prisão dele. Há muito dinheiro envolvido, milhões e milhões e ele não mostra aqui, nem as licitações, nem os contratos. Como é que ele paga um portal sem licitação e sem contrato? —, disse em seu pronunciamento.
O deputado reconhece que o uso de verba para publicidade é um ato legal, só questiona a forma como isto está sendo feito.
— O que não pode é ficar dando dinheiro pra um monte de meio de comunicação, sem critério algum, e sem licitação — frisou o parlamentar.
— O que não pode é ficar dando dinheiro pra um monte de meio de comunicação, sem critério algum, e sem licitação — frisou o parlamentar.
Ele não pretende parar por aí.
— Vou voltar a pedir a ele, porque aqui tem uma relação enorme de portais que recebem dinheiro do governo e ele não mandou nenhum contrato nem as licitações por esses portais —, enfatizou o parlamentar, acrescentando que o secretário de Comunicação mandou apenas duas licitações feitas em duas agências de publicidade.
Há alguns dias, Robert levantou ainda a possibilidade de requerer a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os gastos da CCOM.
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Abaixo os últimos levantamentos divulgados pelo 180graus