sábado, 6 de agosto de 2016

Estrutura dos Bombeiros não consegue atender grandes incêndios


Estrutura dos Bombeiros não consegue atender grandes incêndios

Associação denuncia falta de estrutura da corporação, que foi vaiada ao precisar do apoio de equipes de Timon para controlar um incêndio na Capital

O incêndio que atingiu uma borracharia e uma estofaria na última quinta-feira (4), na zona Sul de Teresina, trouxe à tona uma série de questionamentos sobre a capacidade operacional do Corpo de Bombeiros do Estado do Piauí. Para solucionar a ocorrência, foi necessário o auxílio de equipes do Corpo de Bombeiros da vizinha cidade de Timon, das equipes que atuam no Aeroporto de Teresina, e também de equipes do Exército - o que foi motivo de piada entre os populares que acompanhavam a ação e que vaiaram os militares do Piauí, insinuando que eles não foram capazes de controlar o fogo sem a ajuda do Estado vizinho.
Segundo testemunhas que acompanharam a ação, as viaturas demoraram a chegar até o local, o que contribuiu para que as chamas se alastrassem mais rapidamente e colocassem em risco o morador de uma casa vizinha ao terreno atingido. Ainda de acordo com os populares, o fogo só foi controlado totalmente após a chegada do apoio das viaturas do estado vizinho.
Borracharia e loja de estofados pegaram fogo quinta-feira (Foto: Moura Alves/O Dia)
A atitude do comando operacional é questionada pela Associação dos Bombeiros Militares do Piauí, que aponta que a corporação não possui condições para atender ocorrências de grandes proporções, como a que aconteceu na Avenida Nações Unidas, na quinta-feira. Para o presidente da Associação, capitão Marcelo Anderson, este caso exemplifica bem a realidade vivenciada pela categoria.
“É uma situação inconcebível. Esse tipo de medida mostra a alta deficiência da nossa corporação, que não tem as mínimas condições para atuar na solução de ocorrências de maior proporção. Faltam viaturas, equipamentos de proteção individual, e efetivo de bombeiros para atuar”, destaca.
O presidente da Associação dos Bombeiros Militares do Piauí também afirma que esse tipo de situação é recorrente no Estado, o que, segundo ele, prejudica ainda mais a categoria, que enfrenta diariamente uma série de obstáculos para o exercício da profissão. “Se a gente se acostuma de ficar dependendo operacionalmente de outros órgãos e outros estados, isso impede o crescimento da instituição, e causa um caos operacional ainda maior”, pontua o capitão Anderson.

fonte portal o dia