Secretário se defende e diz que não estava inerte em relação a quebra-quebra na Assembleia
Sindicatos manifestavam contra a PEC do ajuste fiscal
O secretário de segurança do Piauí, Fabio Abreu, falou nesta quinta-feira (22) que não esteve inerte em relação às manifestações ocorridas na Assembleia Legislativa do Estado. Segundo ele, todas as decisões necessárias estavam sendo tomadas, tanto é que as ações dos manifestantes foram contidas, apesar de precisar da ajuda do Bope.
As críticas à ausência, tanto de Fabio Abreu, quando do Comandante Geral da PM, coronel Carlos Augusto, na invasão a Assembleia levaram a atitudes extremas. Inclusive a um pedido de intervenção do Exército, feito pelo próprio presidente da Casa, Themistocles Filho (PMDB), que não estava confiando nem no contingente da PM do próprio poder legislativo.
“Não podemos em uma situação de crise utilizar o último recuso que temos. No primeiro momento foram os policiais da Guarda, que atuam lá. No segundo momento, já que não houve sucesso, utilizamos a tropa de choque. O fato de eu, ou do comandante, não termos ido não significa que não estávamos tomando as providências necessárias”, explicou Fabio Abreu.
As manifestações, feitas por lideranças sindicais que são contra a provação da PEC 93, que limita gastos no Piauí, estão acontecendo durante toda a semana. As principais movimentações do grupo foram durante as duas votações que houve na Assembleia, nas últimas terça e quarta-feira.
Na votação de ontem, o grupo chegou a invadir a salão nobre Francisca Trindade, para evitar que acontecesse a votação da Proposta. Degradação no local foi registrada. Os manifestantes com barras de ferro chegaram a quebrar uma porta de vidro no local.
A PEC 93 proíbe pelos próximos dez anos à admissão ou contratação de pessoal, criação de cargo, emprego ou função, realização de concurso público, concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração de membros de poder ou órgão, de servidores e empregados públicos e militares – exceto em caso de determinação judicial.
Votação na sexta
O governador Wellington Dias (PT) deve decidir na próxima sexta-feira (23) se a PEC do ajuste fiscal no Piauí deverá ir ou não a votação. A informação foi confirmada pelo secretário de governo, Merlong Solano, que contou ainda que, mesmo com todos os protestos, a Proposta já passou nesta quarta-feira pelas comissões técnicas, e deve agora seguir ao Plenário.