Empresa alvo da PF no Piauí fatura milhões da Saúde do governo Flávio Dino
A empresa é de Mário Brega, sobrinho do deputado Marcelo Castro
Investigada pela Polícia Federal, na Operação Gangrena realizada em novembro de 2012, por suposto envolvimento de corrupção em contratos na Secretaria de Saúde do Piauí, a empresa Distrimed Comércio e Representações Ltda, passou a atuar no Maranhão com contratos milionários no governo de Flávio Dino (PC do B). A denuncia é do blog do Neto Ferreira.
De acordo com a Polícia Federal, a fraude teria lesado o estado em R$ 7 milhões. A investigação começou pela denúncia da Controladoria Geral da União (CGU) de que o Estado não tinha controle sobre a compra e armazenamento de medicamentos.
Foram realizados mais de 20 interrotórios, 30 mandados de busca e apreensão, e 23 medidas cautelares. Cinco funcionários da Secretaria de Saúde do Piauí foram afastados. Onze empresários tiveram a suspensão das atividades econômicas e sete foram proibidos de deixar o país. Todos os empresários envolvidos tiveram suas contas bloqueadas e os bens apreendidos. Há indícios de participação de três secretários de Saúde.
Veja abaixo a denuncia feita pelo Blog do Neto Ferreira
Empresa alvo da PF no Piauí fatura milhões da Saúde do governo Flávio Dino
A Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH), órgão ligado à gestão estadual e que tem como presidente Ianik Rafaela Lima Leal, está fazendo uma verdadeira “farra” de contratos milionários.
O Blog do Neto Ferreira teve acesso aos acordos contratuais e verificou que uma das empresas contratadas pela EMSERH, a Distrimed Comércio e Representações Ltda, de propriedade de Mário Dias Ribeiro Neto e Luiz Carvalho dos Santos, que fica localizada no bairro Pirraça, em Teresina (PI), já esteve envolvida em um esquema criminoso que desviou R$ 7 milhões dos cofres públicos do Piauí. A organização foi desarticulada pela Polícia Federal durante a operação Gangrena.
À época, a PF identificou que quatro empresas ganhavam constantemente as licitações em preços por lotes e, ao entregar os medicamentos cobravam por um item com um preço muito maiores e ao mesmo tempo que aumentavam os valores, os remédios faltavam nos hospitais.
A Distrimed, apesar de ser investigada, tem faturado milhões no governo Flávio Dino. De acordo com documentos, a empresa de medicamentos foi contemplada com três acordos contratuais que somam R$ 2.409.579,36 milhões.
Os objetos dos contratos referem-se a obtenção de materiais odontológicos e médicos hospitalares para atender as Unidades de Saúde administradas pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares – EMSERH.
A partir dessas informações, a Polícia Federal deve continuar as investigações acerca do governo do Maranhão, inclusive, trabalhando com a tese das indicações de políticos para cargos na área da saúde.