quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Polícia vai investigar pichação homofóbica em muro de cemitério

Polícia vai investigar pichação homofóbica em muro de cemitério

A mensagem de ódio diz que “lugar de traveco é no cemitério” e vem acompanhada do desenho da suástica, utilizada como símbolo do nazismo

Um pichação no muro do cemitério São Judas Tadeu, localizado na avenida João XXIII chamou atenção dos moradores da região. A mensagem de ódio diz que “lugar de traveco é no cemitério” e vem acompanhada do desenho da suástica, utilizada como símbolo do nazismo.
O delegado de direitos humanos, Emir Maia, foi informado pelo Portal O DIA sobre a pichação e afirmou que irá até o local para iniciar uma investigação com o objetivo de identificar o autor. “Vou pedir imagens de câmeras de segurança que existem em estabelecimentos comerciais próximos”, disse o delegado.
O local onde a pichação foi feita, provavelmente na madrugada de ontem para hoje (05), é ponto de prostituição. Muitas travestis esperam por cliente naquele lugar, à noite. A mensagem de ódio, portanto, pode ter sido uma ameaça de morte.
Em fevereiro de 2014 o Grupo Matizes denunciou a atuação de um grupo em Teresina que se autodenominava Irmandade Homofóbica. A primeira ação da entidade teria sido a distribuição de um bilhete pedindo a morte dos homossexuais e convocando as pessoas a se filiarem. Posteriormente, a militante do Grupo Matizes, Marinalva Santana, foi vítima de ameaças através das redes sociais.
Após a investigação da delegacia dos Direitos Humanos, foram indicados os irmãos Dijael Verissimo de Sousa e Lucas Veríssimo de Sousa. À época, o delegado informou que houve a quebra de sigilo de dados no Facebook, que identificou a atuação dos dois. Nenhum deles foi preso, mas ambos estão respondendo por incitação à discriminação e por veicular a suástica nazista, crime de acordo com a lei de racismo.
Até agora não há informações de que a pichação no muro do cemitério tenha sido feita por integrantes da Irmandade Homofóbica, mas o conteúdo da mensagem e a utilização da suástica aproximam o caso de 2014 com o atual.

fonte portal o dia