sexta-feira, 7 de abril de 2017

Gaeco deflagra operação contra empresas que atuam em Cocal e outras duas cidades do PI

Gaeco deflagra operação contra empresas que atuam em Cocal e outras duas cidades do PI


O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou nesta manhã (07/03) a operação Escamoteamento, que visa desbaratar uma organização formada por empresas que prestam serviços em três cidades do norte do Piauí – Cocal, Buriti do Lopes e Bom Princípio-, cometendo crimes como lavagem de dinheiro, fraude em licitação, corrupção ativa e passiva. Dos 94 mandados, 13 são de prisões que estão sendo cumpridos em Tianguá-CE.

De acordo com o coordenador do Gaeco, promotor Rômulo Cordão, as empresas do Ceará participavam de licitações em diversos municípios sem ter a capacidade operacional para realizar os serviços. Estima-se que os donos das empresas vencedoras de licitações tenham faturado cerca R$ 19 milhões nos três municípios. 


“Algumas empresas sequer tinham sede e, quando tinham eram casebres, e venciam licitações milionárias de obras públicas, locação de veículos e mão de obra. Elas atuavam de forma combinada com as outras empresas, que em tese, eram suas concorrentes”, explica o promotor.


As investigações iniciaram a cerca de um ano e quatro meses e estão sendo cumpridos 94 mandados ao todo, sendo 46 de busca e apreensão, 36 de condução coercitiva, 13 de prisão preventiva e cinco de sequestros de bens. A maior parte em cidades do Ceará, os presos são principalmente de Tianguá.


“O que mais chamou atenção era que os vencedores sacavam R$ 500 mil, R$ 300 mil em espécie, uma prática que hoje não se faz mais por conta da segurança, mas continuavam fazendo para facilitar na hora de ratear. Isso é mais uma prova de que as empresas são de fachada”, detalhou o Cordão. 

Os crimes ocorriam supostamente nas três cidades piauienses e em mais no Ceará, entre elas: Ubajara, Tianguá, Viçosa. 


Estão envolvidos na operação 219 profissionais entre eles 23 promotores de justiça do Piauí e Ceará, policiais rodoviários federais, além de técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU), Tribunal de Contas do Estado (TCE), Controladoria Geral da União (CGU). 


Os presos e conduzidos coercitivamente estão sendo levados para a sede do Ministério Público em Piripiri-PI e depois devem ser trazidos para a sede do Gaeco em Teresina. Uma coletiva será realizada em Teresina às 9 horas. 

Fotos e informações: Nucom PRF
Fonte e edição: Portal Cidade Verde