Rejane Dias estimula criação de grêmios estudantis visando uma escola mais democrática
Nos próximos dias a Secretaria de Educação estará lançando a cartilha "Construa o Grêmio Estudantil em sua Escola", - um documento que ensina para a meninada das escolas públicas o passo a passo de criação de um grêmio. Na SEDUC, quem tem a responsabilidade de tocar o trabalho é Hedson Batista da Supervisão de Grêmios Estudantis.
Na apresentação da cartilha, a secretária Rejane Dias afirma: "entendendo que o sucesso de todo o processo de gestão está ligado à esforços conjuntos, a Secretaria de Estado da Educação do Piauí, através da Gerência Escolar, trabalha um novo conceito de escola e gestão participativa. Nesse sentido, lança a cartilha "Construa o Grêmio Estudantil em sua Escola", com o objetivo de instrumentalizar as escolas para o fortalecimento da gestão democrática, com orientações embasadas em fundamentação legal para a criação de Grêmio Estudantis dentro das unidades de ensino. Esperamos, que essa iniciativa possa contribuir para a criação, organização e fortalecimento dos Grêmios e que os estudantes da rede pública estadual consolidem o seu papel na construção de uma escola democrática, autônoma e inclusiva".
À frente da Supervisão de Grêmios Estudantis desde janeiro deste ano, Hedson Batista diz que a meta da SEDUC é estimular a criação de grêmios em cerca de 40 escolas em Teresina - todas com número acima de 300 alunos. Para o interior o objetivo é alcançar em torno de 20 municípios com escolas tendo seus respectivos grêmios de estudantes.
Hedson Batista, que conta com os trabalhos de Danilo Laurindo e Onofre Pires – todos da Supervisão de Grêmios - tem visitado as escolas, reunido os estudantes e estimulado a criação dos grêmios.
Hedson Batista, que conta com os trabalhos de Danilo Laurindo e Onofre Pires – todos da Supervisão de Grêmios - tem visitado as escolas, reunido os estudantes e estimulado a criação dos grêmios.
Nas visitas Batista conta a história do movimento estudantil lembrando que em 1910, foi realizado o 1º Congresso Nacional de Estudantes, mas que o marco do movimento estudantil é a fundação da UNE – União Nacional dos Estudantes, órgão de representação máxima dos estudantes, criada em 1937, e depois, a UBES – União Nacional dos Estudantes Secundaristas, em 1948. Ambas, UNE e UBES, passaram a protagonizar as principais lutas dos estudantes brasileiros.
Sobre a história do movimento estudantil em Teresina, Hedson Batista e sua equipe citam que o grande impulso aconteceu na década de 30. Aquela época foi marcada por dois fatos: a criação do Centro Estudantil Piauiense (CEP), em 1935; e do Diretório Acadêmico da Faculdade de Direito, também em meados daquela década.
Como não poderia deixar de ser, o movimento dos estudantes de Teresina em 2011, faz parte dos exemplos de Hedson Batista. Nas apresentações pelas escolas de Teresina ele diz que o movimento #contraoaumento, foi muito significativo ganhando destaque nos principais noticiários do país. Os protestos, lembra ele, eram contra o aumento abusivo nas passagens de ônibus (de R$ 1,90 para R$ 2,10); pela extinção da segunda tarifa na integração; pela integração temporal de 2 horas em 100% das linhas e por licitação das linhas de ônibus.
Indagado porque criar Grêmios Estudantis, Batista enumera as razões:
“1 – para que os alunos atuem na escolas e nas comunidades.
2 – para que desenvolva a capacidade de liderança ao aprender na pratica a fazer política.
3 - Estimular toda representação estudantil é apontar para um caminho de democratização da escola. Por isso, o Grêmio, nas escolas públicas, deve ser estimulado pelos gestores da escola, tendo em vista que ele é um apoio à Direção numa gestão colegiada.”
“1 – para que os alunos atuem na escolas e nas comunidades.
2 – para que desenvolva a capacidade de liderança ao aprender na pratica a fazer política.
3 - Estimular toda representação estudantil é apontar para um caminho de democratização da escola. Por isso, o Grêmio, nas escolas públicas, deve ser estimulado pelos gestores da escola, tendo em vista que ele é um apoio à Direção numa gestão colegiada.”
Segundo Hedson Batista todo este movimento está calcado em bases legais e ele cita os instrumentos legais: “Lei Nº 8.069 de 13 de julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente, que no artigo 53º inciso IV, garante o direito dos estudantes de se organizar e participar de entidades estudantis e Lei Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. A partir dela, estão garantidas a criação de pelo menos duas instituições, a Associação de Pais e Mestres e o Grêmio Estudantil, cabendo à Direção da Escola criar condições para que os alunos se organizem no Grêmio Estudantil. A lei determina ainda a participação de alunos no Conselho de Classe e Série.”