quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Desembargador determina soltura da mulher do prefeito de Bertolínia presa em operação do GAECO

Ringlasia Lino Fonseca foi presa no âmbito da Operação Bacuri, deflagrada esta semana para investigar atos de corrupção

- Ministério Público foi favorável à soltura, desde que imposta medida cautelares
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_Prefeito e a primeira-dama Ringlasia, presos na Operação Bacuri, do Gaeco
_Prefeito e a primeira-dama Ringlasia, presos na Operação Bacuri, do Gaeco 
EM NOME DOS FILHOS
O desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí Edvaldo Moura, relator da mais recente operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), determinou a soltura de Ringlasia Lino Fonseca, mulher do prefeito Luciano Fonseca, do PT, também preso na mesma operação e agora com mandato político suspenso por decisão judicial. 
Ringlasia alegou que é mãe de duas crianças, uma delas nascida em 31/05/2018, com um ano e seis meses de vida, ainda lactante, sendo a outra, nascida em 10/08/2013, com seis anos de idade, portadora de necessidades especiais. 
Acrescentou que ambas as crianças, cada uma devido à sua situação peculiar, seriam totalmente dependentes dos pais, necessitando de constante supervisão e que o pai das crianças também se encontra preso preventivamente. 
Argumentou que se encontra presa temporariamente e que, no caso, todas as diligências já foram cumpridas, sendo a manutenção de sua prisão desnecessária para a continuidade das investigações.
Assim, requereu a substituição da prisão temporária decretada pela restrição domiciliar. 
O Ministério Público Estadual foi favorável à soltura, desde que imposta algumas medidas cautelares.
A tomar a sua decisão, o desembargador Edvaldo Moura estabeleceu as seguintes medidas cautelares:
- prisão domiciliar no endereço indicado na petição, sendo autorizada a sua saída somente em caráter imprescindível e em razão de necessidade de seus filhos;
- proibição de ausentar-se da comarca de Teresina sem prévia autorização judicial ou de mudar do endereço domiciliar indicado sem prévia comunicação a juízo responsável;
- proibição de manter contato, por qualquer meio, com os outros investigados, salvo o marido Luciano Fonseca, que se encontra preso preventivamente;
- proibição de manter contato, por qualquer meio, com agentes políticos, servidores e terceirizados de Bertolínia, de forma a prejudicar as investigações em andamento; e
- comparecer perante a autoridade judicial todas as vezes que for intimada para atos do inquérito policial e da instrução criminal.
O desembargador alerta que o descumprimento de quaisquer das medidas impostas poderá implicar na imposição de outras medidas cautelares, inclusive mais gravosas.

fonte 180graus.com