A unidade de Polícia Civil vai trabalhar de forma integrada com a Polícia Militar e terá um delegado titular que irá morar na cidade.
O município de Gilbués no Piauí, passará a contar, em dois meses, com uma delegacia de polícia. A unidade de polícia foi uma solicitação da Comissão Estadual de Combate à Violência no Campo, criada esta semana durante reunião para discutir os conflitos agrários envolvendo a comunidade indígena Gamela.
- Foto: AscomSecretaria de Segurança de Gilbués.
De acordo com a vice-governadora Regina Sousa, a previsão da delegacia ser instalada é de dois meses, pois já tem o prédio e pessoal para trabalhar.
A unidade de Polícia Civil vai trabalhar de forma integrada com a Polícia Militar e terá um delegado titular que irá morar na cidade.
A vice-governadora disse que teme que apareçam pessoas forjando documentos para tomar as terras de famílias de comunidades tradicionais que vivem no município há mais de três gerações, como os índios Gamela.
Regina Sousa explicou que há a necessidade de uma delegacia no município para receber denúncia de conflitos agrários e outras ocorrências.
Regina Sousa disse que os Gamela vivem em Gilbués há mais de três gerações e se dividem em várias comunidades. No domingo (17), uma das comunidades sofreu uma ação de despejo quando um oficial de Justiça chegou ao local acompanhado de um policial militar e atearam fogo em residências.
A ação de despejo dessas famílias foi suspensa e concedida a reintegração de posse das terras por decisão do desembargador Hilo de Almeida Barbosa.
Em reunião virtual com representantes das Defensorias Pública do Estado e da União, Polícias Militar e Civil, Secretarias de Estado da Segurança, Governo e Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos, Funai, Ministério Público Federal, Interpi e Comissão Pastoral da Terra ficou decidido que o Interpi vai instalar um núcleo em Gilbués e será solicitado ao Tribunal de Justiça do Estado a instalação de um Juizado Agrário no município.