Foto:Divulgação/Ascom
Funcionários do Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (Lacen) realizaram protesto nesta terça-feira (19) cobrando a inclusão deles no grupo de profissionais de saúde que receberão a vacina contra a Covid-19 de forma imediata.
Os trabalhadores afirmam que desde o início da pandemia estão na linha de frente contra a Covid-19. De março até agora o laboratório já analisou mais 150 mil exames para detectar o coronavírus.
O portal recebeu a informação de que os trabalhadores se sentiram desprestigiados por não terem sido representados no ato de simbólico que lançou a campanha de vacinação no Piauí. A presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde do Estado do Piauí (Sindespi), Geane Sousa, lembra que dezenas de funcionários do Lacen já contraíram a Covid-19 e cobra que estes profissionais sejam imunizados de forma prioritária.
“Os trabalhadores do Lacen estão à frente de tudo, acompanhando, monitorando exames, e estão diretamente na linha de frente. E aí no momento que vem a vacina são deixados de lado. Então eu tenho certeza que é um direito para o trabalhador da saúde do Lacen e o restante dos trabalhadores como maqueiros, nutricionistas, terem direito a ser vacinados. A área da saúde envolve uma diversidade de profissionais, todos lidam diretamente, do maqueiro que traz, à atendente que recebe, da nutricionista ao pessoal da lavanderia. O cuidar de um paciente envolve várias etapas e profissionais e todos estão em risco e são prioritários”, disse Geane.
A direção do Lacen encaminhou ofício para a Fundação Municipal de Saúde e fez contato com o Conselho Regional de Farmácia para pedir a movimentação do conselho de classe.
A Fundação Municipal de Saúde (FMS) informou, por meio de nota, que devido à “pouca quantidade” de dosa de vacina, a prioridade é imunizar grupos de maior vulnerabilidade e profissionais que atuam nos cuidados com pessoas infectadas pelo novo coronavírus.
“A Fundação Municipal de Saúde informa que, em função da pouca quantidade de doses recebidas nesta primeira remessa da vacina contra a covid-19, traçou uma estratégia para imunizar grupos de maior vulnerabilidade e profissionais que atuam nos cuidados com pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Os demais profissionais de saúde, inclusive funcionários de laboratórios, clínicas e outros estabelecimentos públicos e privados, serão inclusos em etapas posteriores”, diz a nota.