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A proposta de municipalização do transporte coletivo encontra resistência na Câmara Municipal. Vereadores avaliam que a prefeitura não tem condições financeiras de bancar uma empresa e defendem a revisão do contrato com o Setut.
Vereadores como Edson Melo (PSDB), cotado para ser líder da oposição, criticaram a proposta. Para Edson Melo, a proposta é uma “utopia”. Ele avalia que a prefeitura não tem condições financeiras de arcar com a municipalização do transporte.
Edson Melo questiona o fato do secretário de Finanças, Robert Rios (PSB), afirmar que a prefeitura está quebrada, e mesmo assim, defender a municipalização.
“Não é solução. É uma utopia. Em lugar nenhum do Brasil a tendência é do poder público privatizar essa operação. Nunca vi isso acontecer. O município, como o estado de uma maneira geral, não têm condições de investir. Ele privatiza para as empresas fazerem os investimentos. Como a prefeitura, que o secretário de finanças diz que se encontra quebrada, como vai investir no transporte coletivo”, disse Edson Melo.
Na base aliada, o vereador Dudu afirma que o contrato com o Setut deve ser rompido. Ele afirma que a municipalização seria um processo longo. Segundo ele, a população precisa de uma resposta rápida.
“Temos que fazer um debate sincero e honesto. Na mídia, a prefeitura fala de uma municipalização e criar uma empresa pública. Mas além da pandemia estamos em uma greve. Temos que ter pulso firme e forte. Não temos tempo. É preciso resolver. É preciso realizar uma audiência pública. É preciso fazer um novo processo de licitação. Se for provada a negligência com contrato, ele precisa ser rompido”, disse.
O tucano Venâncio Cardoso também critica a municipalização. Ele também defende uma nova licitação dos ônibus.
“Não concordo com a municipalização. Em todos os lugares do mundo, a tendência é que o privado tome de conta de alguns serviços. Em todos os lugares, se passa para o privado gestão de rodoviárias, estádios, de centros de convenções, de mercados e aqui em Teresina, trazer para a prefeitura pagar para uma empresa de transporte coletivo. Imagina quando um ônibus quebrar, vai ter que contratar uma oficina. É a pior alternativa”, disse.