sábado, 23 de julho de 2022

Alunos mortos inscritos no ProAja faleceram durante o processo, diz Ellen Gera

 O secretário de Estado da Educação (Seduc-PI) comentou sobre supostas irregularidades que sugeriram que pessoas falecidas estariam matriculadas no Programa de Alfabetização de Jovens, Adultos e Idosos (ProAja). 

Em entrevista à TV Cidade Verde, ELlen Gera informou que as pessoas, muitas vezes idosos, faleceram durante o processo e explicou porquê não houve dano. 

    Reprodução / TV Cidade Verde

"Não tem dano! Quem faz o pagamento da bolsa é a Caixa Econômica Federal,  que não vai abrir conta para uma pessoa falecida e nem vai executar o pagamento para uma pessoa falecida. Quando não vai ao teste, a modalidade financeira do programa trava", destaca Gera.

A denúncia do Tribunal de Contas do Piauí (TCE), que foi baseada em um relatório preliminar, apontou que 1.052 pessoas mortas estariam inscritas no programa, inclusive com frequência diária nas aulas. Segundo Ellen Gera, o TCE enviou uma nova lista com apenas 808, número este que foi reduzido a 276.     

"Dos 1.052, quando solicitado, só foi devolvido a lista com 808 nomes, mostrando que o relatório é preliminar e passível de ajustes. Desses 808, 532 já tinham sido identificados pelo programa que eram pessoas que não estavam aptas a seguir na triagem, eram pessoas falecidas, e não passaram para as fases seguintes. Desses, 276 seguiram no processo, boa parte faleceu em 2021 e 2022, ou seja, faleceram durante o processo ou faltaram o teste de entrada", explica secretário. 

Vídeo:

Suspenção do ProAja

O Ministério Público Federal (MPF) requereu, mais uma vez, à Justiça Federal, em caráter de urgência, que determine ao Estado do Piauí a suspensão imediata da execução financeira do Programa Alfabetização de Jovens e Adultos (Pro Aja), considerando as graves constatações do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE/PI).

Segundo a Corte de Contas, até pessoas falecidas e servidores públicos estariam inseridos no programa de alfabetização. Segundo o MPF, o programa contraria a Constituição Federal e é alvo de investigações sobre fatos graves.

fonte 180graus.com