Câmara aprova licitação durante 1ª votação e motoristas param ônibus
Parlamentares aprovaram ainda a criação do fundo gestor e a alteração da lei que regula o transporte coletivo na cidade.
O presidente do Sintetro, Francisco das Chagas Oliveira esclarece que o protesto é pra garantir o emprego a motoristas e cobradores. O sindicato é a favor da licitação, mas precisa dar garantia aos trabalhadores. “Queremos a garantia de emprego, que não ficou clara no projeto aprovado na Câmara”, declarou. A Câmara Municipal aprovou nesta quinta-feira (12) os três projetos que alteram o sistema de transporte urbano na capital. Alguns pontos do texto são contestados.
Francisco Oliveira, presidente do Sintetro
Segundo Oliveira, o Sindicato vai entrar com um pedido na alteração do artigo 62 da lei para que seja garantida a permanência dos cobradores. Ele diz ainda que, pelo texto atual, serão três tipos de ônibus: convencional, médio e padrão e que há brechas para a retirada dos cobradores. “Não vamos admitir que motorista dirija, cobre e ainda dê apoio aos cadeirantes”, acrescentou. Na próxima terça-feira (17), quando ocorrerá a segunda votação dos projetos, a categoria promete voltar a fazer protesto.
Policiais Militares reforçaram a segurança na Prefeitura Municipal de Teresina, local para onde os manifestantes se dirigem a fim de falar com o prefeito Firmino Filho.
Os motoristas de ônibus iniciaram agora pouco, após a aprovação do projeto de licitação, uma paralisação na avenida Frei Serafim. Os motoristas saíram em comboio da Câmara Municipal de Teresina, indo em direção a Frei Serafim, encerrando na Prefeitura, no centro da cidade. O protesto está paralisando o trânsito e deixando os passageiros sem coletivo.
Evelin Santos/CidadeVerde.com
Longa fila de ônibus na Frei Serafim
O vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, Ajuri Dias, informou que os motoristas e cobradores estão indo em direção ao Palácio da Cidade e querem falar com o prefeito Firmino Filho. “Queremos um diálogo com o prefeito para reverter o que foi aprovado”, declarou.
Segundo Dias, o projeto não assegura a estabilidade do emprego. “Se alguma das empresas daqui não conseguir entrar pelo edital, ela terá que indenizar os trabalhadores e garantir os direitos trabalhistas. As empresas daqui não tem aporte financeiro para isso. Não temos garantia em relação ao emprego. Queremos ver no edital como podemos contemplar isso”, afirma. Ele acrescenta que os ônibus irão em comboio até a Praça da Bandeira e só voltarão ao seu percurso normal quando os trabalhadores forem recebidos por Firmino Filho.
fonte cidadeverde.com