quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Auditor fiscal nega que trabalhadores resgatados em carvoaria são do Piauí


Auditor fiscal nega que trabalhadores resgatados em carvoaria são do Piauí

Circulou na imprensa local na última quarta-feira que seis dos 26 trabalhadores resgatados de carvoaria no Estado de São Paulo, em situação de trabalho análoga a escravidão, seriam da cidade de Barras, a 119 quilômetros de Teresina.

Foto: SRTE-SP
O Cidadeverde.com entrou em contato com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE-SP) e obteve a informação de que os resgatados não são do Piauí. A informação creditada ao auditor fiscal Renato Bignami foi desmentida.

De acordo com a assessoria de comunicação do órgão, a maioria dos trabalhadores resgatados tem origem nos Estados de São Paulo e Minas Gerais. A instituição até estuda divulgar nos próximos dias lista com nomes e Estado de cada trabalhador.

Fotos: Michel Filho/Agência Folha
A operação recebeu o nome de Gato Preto. Ao todo, sete menores foram encontrados em condições de trabalho infantil e dezenove trabalhadores que eram mantidos em condições análogas à escravidão em carvoarias de cidades no interior paulista. 

A ação teve participação de mais de 100 agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Justiça do Trabalho e da Advocacia Geral da União (AGU). Os inquéritos seguem até a próxima semana. 
No primeiro dia foram fiscalizadas 10 carvoarias nas cidades de Pedra Bela, Joanópolis e Piracaia. Após a fiscalização, seis carvoarias foram fechadas por falta de condições de trabalho e as crianças e adolescentes que trabalhavam com quebra de carvão, ensacamento, pesagem, costura de sacos, entre outras atividades, foram afastados do local.
 
Confusão
Em nota, o Ministério Público do Trabalho do Piauí esclareceu que os seis trabalhadores de Barras, citados como resgatados na Operação Gato Preto, na verdade, procuraram a Central Sindical e Popular (Conlutas) e denunciaram que uma construtora paulista estaria mantendo trabalhadores em condição análogo à de escravo. 
Os dirigentes da Conlutas encaminharam os relatos à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo e ao Ministério Público do Trabalho que devem inspecionar o canteiro de obra para confirmar a denúncia.

Se for confirmado que a empresa não fornecia equipamentos de proteção individual e nem estava pagando os salários dos trabalhadores, o MPT deve firmar um TAC. Após receberem todos os seus direitos, os piauienses retornarão para as suas famílias.

fonte cidadeverde.com