sexta-feira, 25 de julho de 2014

No 22º dia de greve, comerciários fecham lojas e quebram portões


No 22º dia de greve, comerciários fecham lojas e quebram portões

Grevistas prometem fechar novamente as lojas amanhã e segunda-feira.

Os comerciários que fazem parte do movimento grevista danificaram portas e quebraram vidraças das lojas C&A e Pintos. Os manifestantes fizeram passeata pelo Centro de Teresina e soltaram fogos. Eles exigem que as lojas fiquem fechadas e prometem novos protestos para amanhã.
O perito criminal  Cristóvão Clark foi chamado para avaliar os danos causados nas lojas. Segundo ele, o prejuízo é de aproximadamente R$ 3.500. "A gerente a sub-gerente da Pintos ficaram machucadas no braço, mas não foi grave", disse o perito.
Peritos criminais da Polícia Civil estiveram nas duas lojas que foram depredadas na tarde desta sexta-feira (Fotos: Elias Fontinele / O DIA)
Atualizada às 18h
greve dos comerciários em Teresina completa 22 dias nesta sexta-feira (25) e, pela primeira vez, os trabalhadores conseguiram manter as lojas do centro fechadas durante todo o dia. Desde as 8h30, o movimento está nas ruas e dificulta o funcionamento do comércio.
Fotos: Elias Fontinele/OIA
Segundo o vendedor Wanderson Souza, dessa vez os grevistas usaram uma estratégia diferente. “Eles se dividiram em grupos e estão espalhados por todo o centro. Tem mais gente também, por isso as lojas não são abertas completamente”, disse o trabalhador, que apoia o movimento mas se diz contrário ao fechamento das lojas.
Aquelas que ainda insistem em atender clientes, ficam apenas com uma porta aberta, incluindo grandes redes de venda de calçados, móveis e confecções. Os estabelecimentos próximos à praça Rio Branco aderiram mais ao movimento grevista.
Para Eliane da Silva, as lojas fechadas atrapalharam seu planejamento de hoje à tarde. “Eu queria comprar uma lavadora, mas já rodei muitos lugares e não encontro nada aberto. Acho erradíssimo”, declarou a consumidora.
O representante do Sindicato dos Comerciários, Valdivino Nonato, já adianta que amanhã o movimento continua fechando as lojas do centro. “Segunda-feira também e até eles (patrões) aguentarem. Nós estamos fortes”, disse o sindicalista.
A categoria reivindica piso salarial de R$ 1 mil. Atualmente, o valor do piso é de R$ 791,27. Ele também exigem o ticket de alimentação e o plano de saúde.

fonte portal o dia