quarta-feira, 1 de abril de 2015

Mulheres denunciam agressões praticadas por artista audiovisual


Mulheres denunciam agressões praticadas por artista audiovisual

jell Carone é acusado de agredir fisicamente e psicologicamente as ex-namoradas.

Duas mulheres denunciaram ter sofrido agressões físicas e psicológicas praticadas pelo artista audiovisual de Teresina, Jell Carone. Marília Morais e Lisi Mariane foram namoradas do suposto agressor e contaram, através de seus perfis no Facebook, como ele agia.

Segundo Marília, que namorou o artista no ano de 2014, as primeiras agressões foram psicológicas. “Eu me senti burra, incapaz, vazia, omissa, negligente, frustrada, displicente, irresponsável, lesada, lerda, preguiçosa e vagabunda. Tudo isso nome que eu levei ao decorrer de toda a minha parceria com o homi (SIC). Nada do que eu escrevia tava certo, nada do que eu falava era coerente, tudo que eu performava era tosco. Não havia como se defender. Acabei acreditando nele”, conta a jovem.
Depois disso, os abusos teriam se transformado em violência física. “Carrego uma cicatriz de estimação pra lembrar todo santo dia do quanto eu deveria ter pulado fora na primeira vez que ele fez eu me sentir uma anta”, disse Marília.
Ela ainda acusa o ex-namorado de se apropriar do projeto Insólitos Balões (foto ao lado), uma performance artística que leva as pessoas a usarem vários balões na cabeça para experimentarem diferentes sensações. Eu levei o projeto nas costas com esse cara em cima e dizendo tudo isso. “O Insólitos Balões, que sempre foi de acordo com ele, uma grande mentira, pois eu nunca conseguia fazer nenhum texto que prestasse, era tão burra que nem podia abrir a boca em mesa redonda sem ser ridicularizada pelo cara, está por ai rodando em outras cidades e usando fotos tiradas por mim, fotos minhas e um texto escrito por mim”, reclama.
Ao ver a denúncia feita por Marília, Lise Mariane decidiu relatar o que teria sofrido com Jell Carone. Ela, que namorou o artista no ano de 2013, também formalizou queixa na delegacia e as agressões foram comprovadas pelo exame de corpo e delito. “Durante o período que morei com ele, sofri agressões físicas, chegando até mesmo a me sufocar, jogar água na minha cara”, conta Lise, que teve ajuda de amigos e de familiares.
Portal entrou em contato com o artista, que disse não ter informações sobre as denúncias. “Eu não vou me pronunciar, pois não sei do que se trata”, afirmou Carone.
Seu trabalho mais recente foi a coordenação da Mostra de Cinema Parada de Abril, que aconteceu no ano passado, no Teatro do Boi. As produções brasileiras e estrangeiras exibidas na Mostra falavam sobre exclusão social, expressão urbana e luta de transgênero. 
fonte portal o dia