PMDB diz que Marcelo Castro é vítima de preconceito: "eles não aceitam ministro do PI"
O PMDB do Piauí se manifestou nesta quinta-feira (28) em favor do ministro da Saúde, Marcelo Castro. O gestor tem sido alvo de críticas na mídia nacional por declarações que tem dado sobre as doenças relacionadas ao Aedes aegypti, dentre elas a Zika. Em suas últimas falas à imprensa, Castro disse que o país está perdendo a batalha para o mosquito.
"Acho que é uma discriminação que fazem ao Nordeste. Todas as palavras que o Marcelo falou, são palavras que, para nós do Nordeste, não criam nenhum problema. Quando ele fala da perda da batalha, ele quer chamar a população para integrar nessa campanha e imediatamente o Sul e Centro-Oeste vão contra", disse o deputado estadual João Mádison em entrevista ao Jornal do Piauí.
Para o parlamentar, o Sudeste não aceita que o ministro de uma das mais importantes pastas do governo federal seja do Piauí. "Eles (se referindo à mídia e políticos do Sudeste) não aceitam que um dos maiores ministérios seja do Piauí. Há sempre essa discriminação como foi com Petrônio Portela. Ele teve que trabalhar mais do que os outros para chegar onde chegou", declarou.
Mádison nega que Marcelo Castro esteja próximo de deixar o cargo por causa do que tem afirmado na imprensa sobre o Aedes aegypti. "Não existe essa possibilidade de ele cair. Falei hoje pela manhã com nosso presidente João Henrique Sousa. Ele esteve em Brasília ontem e conversou com Michel, todo o partido esta apoiando. Se a Dilma fizesse isso, há criticas maiores a ministros do PT e não caíram. O Marcelo é muito organizado e não tenho dúvida que ele vai fazer uma grande administração", afirmou, ressaltando que o ministro terá que trabalhar em dobro para ser aceito.
"Marcelo precisa trabalhar dobrado para São Paulo, Belo Horizonte reconhecerem. Isso acontece muito com os médicos daqui quando saem para fazer residência", finalizou.
Ontem, a presidente Dilma Rousseff saiu em defesa do ministro ao participar da Cúpula de Chefes de Estado e de governo da Celac, em Quito, no Equador. Ela disse que o piauiense tem desempenhado esforços para estabelecer a cooperação entre o governo e os laboratórios no exterior em relação à pesquisa de vacina contra a dengue.
