MP constata inadequações em órgão que atende mulheres vítimas de violência sexual
Depois de uma vistoria realizada pela promotora Cláudia Seabra, juntamente com técnicas do MP, foram constatadas péssimas condições estruturais para atendimento
O Ministério Público expediu recomendação administrativa para que os secretários de Estado da Saúde, da Segurança Pública e Coordenação Estadual de Políticas para Mulheres adotem providências para regularizar o funcionamento do Serviço de Atenção às Mulheres Vítimas de Violência Sexual (SAMVVIS). O objetivo maior é adequar as instalações à legislação sanitária, visando um atendimento digno, e ainda a habilitação junto ao Ministério da Saúde
Depois de uma vistoria realizada pela promotora de Justiça Cláudia Seabra, juntamente com técnicas do Ministério Público Estadual, foram constatadas péssimas condições estruturais para atendimento às vítimas de violência sexual, sujeitando-as a exposições e constrangimentos.
De acordo com o MP, o SAMVVIS não está habilitado junto ao Ministério da Saúde, em razão da precariedade da estrutura física, carência de recursos humanos e de condições gerais para execuções de ações que compreendam o acolhimento, a escuta qualificada, o atendimento clínico humanizado, atendimento psicológico e social, realização de exames e profilaxias necessárias, encaminhamentos, consultas e retornos para tratamento ambulatorial, de acordo com o caso.
Relatórios de inspeções produzidos pela Coordenadoria de Perícias e Pareceres Técnicos do Ministério Público atestam as inadequações de funcionamento do SAMVVIS, na Maternidade Dona Evangelina Rosa .
Conforme notificações do próprio serviço, a média mensal de atendimentos realizados é de 40 vítimas de violência sexual. Nos últimos três anos, foram atendidas mais de 1500 mulheres, adolescentes e crianças no SAMVVIS. Foi dado um prazo de 10 dias úteis, a contar do recebimento da recomendação, para que os responsáveis informem as providências que serão adotadas.