Dono do Casarão acaba detido mais uma vez suspeito de 'furtar energia'
Desta vez, 'ligação direta' foi identificada pela Eletrobras-PI na residência do empresário
O empresário Humberto Castelo Branco, proprietário da rede de restaurantes Casarão, foi conduzido pela Polícia suspeito de desvio de energia no imóvel onde ele reside, local onde também funciona um de seus restaurantes, além de escritórios comerciais. É a segunda vez, só este mês, que ele é autuado, sob a mesma suspeita.
Em 5 de agosto, uma equipe da Eletrobras e do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO) comprovou desvio de energia em um dos estabelecimentos do empresário em Teresina, e passou a monitorar as demais unidades consumidoras em nome de Humberto, que estava solto após ter pago fiança.
Nesta manhã de quinta-feira (18/08), foi identificada na residência do empresário uma “ligação direta”, o que permitia que mesmo com um medidor instalado, o consumo não fosse registrado devidamente.
“Durante a inspeção da Eletrobras, foi constatada uma ligação direta na residência, havia medidor, mas não contava energia”, disse o delegado Genival Vilela, do Greco, em entrevista à TV Cidade Verde.
Ainda de acordo com o delegado, em sua defesa o empresário alegou que o medidor queimou recentemente, e que ele já tinha comunicado a Eletrobras. Ele foi contudo conduzido à sede do Greco, onde foi autuado em flagrante.
Em nota a Eletrobras afirmou que prejuízo contabilizado em um dos restaurantes da rede chega a R$ 386 mil. “A energia furtada pelo empresário nessa unidade consumidora daria para atender 100 residências com gastos de 200 kWh mensais”, explicou o gestor do Projeto Energia +, Fábio Victor. Na Eletrobras constam pelo menos três quatro denúncias contra o empresário, uma de 2011, 2012 e 2016.
Já nesta segunda autuação, o prejuízo pode chegar a R$ 50 mil. Ainda em nota, a empresa afirma que perdas comerciais estão acumuladas em 18%. “O prejuízo dos últimos 12 meses é estimado em R$ 149 milhões. Apenas em 2016, a Distribuidora já fiscalizou 51 mil unidades consumidoras e encontrou irregularidade em 46% dos imóveis”, traz a nota.