quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Wellington Dias negocia aporte de recursos para a Bacia do Rio Parnaíba


Wellington Dias negocia aporte de recursos para a Bacia do Rio Parnaíba

São cerca de R$ 2 bilhões, e o Piauí quer assegurar 10% desse valor, R$ 200 milhões


O governador Wellington Dias vem travando importante batalha junto a órgãos federais, como a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba), incluindo o próprio Palácio do Planalto, para garantir a continuidade de investimentos no fortalecimento da Bacia do Rio Parnaíba, atrelados aos recursos que estão em pauta para liberação ao Programa de Revitalização da Bacia do Rio São Francisco. Pelo menos R$ 2 bilhões serão destinados ao programa, e o pleito do gestor piauiense é assegurar pelo menos 10% desse valor ao Estado, R$ 200 milhões.
O governador está acionando a bancada federal piauiense para abraçar esse pleito e não deixar o Piauí de fora desses investimentos. Para Dias, é inviável que a Bacia do Parnaíba não seja contemplada com o programa. “Assim como o Rio São Francisco, o Rio Parnaíba tem a sua relevância na Região Nordeste, serve até de sobrevivência para milhões de pessoas”, argumenta. “Sua região hidrográfica é a mais extensa dentre as bacias. É o único rio genuinamente nordestino”, acrescenta.
O próprio presidente da Funasa, piauiense Henrique Pires, revela a importância desse projeto e como os recursos poderão melhorar a situação da região por onde passa o Rio Parnaíba. “É esperada (com os recursos) a recuperação de áreas de matas ciliares com a oferta de mudas de diversas espécies nativas, que atenuarão os efeitos negativos do desmatamento e degradação do solo, reduzindo a ocorrência de processos erosivos e, em consequência, o assoreamento do Rio Parnaíba e seus afluentes”, pontua.
O aporte de recursos, segundo o governador Wellington Dias, cumprirá um pleito de sua gestão, pois possibilitará o revigoramento das margens, construção e implantação de sistemas de tratamento de esgotos, Plano de Resíduos Sólidos, dentre vários projetos de sustentabilidade ambiental e de melhoria da qualidade de vida da população.
Bacia do Rio Parnaíba
São mais de 1.400 km que atravessam diferentes biomas – como o Cerrado, a Caatinga e o Costeiro. O Rio Parnaíba é a principal artéria de uma das mais importantes regiões hidrográficas do Nordeste do Brasil, ocupada pelos Estados do Piauí, Maranhão e Ceará.
O rio se origina na Serra da Tabatinga, que limita o Piauí com a Bahia, Maranhão e Tocantins. As nascentes se formam a partir da Chapada das Mangabeiras, de onde nascem os cursos dos rios Lontras, Curriola e Água Quente. Unidos, eles formam Rio Parnaíba. Seus principais afluentes são alimentados por águas superficiais e subterrâneas, destacando-se os rios Balsas, Gurgueia, Piauí, Canindé, Poti e Longá.
O Vale do Parnaíba possui uma superfície de 325.834,80 km², abrangendo 279 municípios e uma população de 4.800.934 pessoas (IBGE, 2011). Dos municípios, 240 possuem a totalidade de sua área territorial inserida no Vale, e os demais 39 encontram-se parcialmente inseridos - ou seja, seus territórios extrapolam os limites ou divisores da bacia hidrográfica estabelecidos.
Uma das características da bacia é o grande contingente populacional vivendo na área litorânea, em especial no centro sub-regional representado pela cidade de Parnaíba. A região possui a única capital fora da área litorânea do Nordeste, a cidade de Teresina, situada às margens do Rio Parnaíba.
A região hidrográfica do Parnaíba foi dividida em três grandes sub-bacias – Alto Parnaíba, Médio Parnaíba e Baixo Parnaíba, e em quatro macrorregiões: do Cerrado, do Semiárido, do Meio-Norte e do Litoral.
Diante desse potencial, o governador Wellington Dias vê como necessária a atenção maior do governo federal, pela importância que a bacia representa para a vida das pessoas por onde passa o rio, que em alguns trechos carece de arrojado projeto de recuperação. “Temos como um dos grandes projetos a navegabilidade do Rio Parnaíba, para o transporte de grãos e de riquezas do Piauí”, conclui.

fonte http://www.piaui.pi.gov.br