Na manhã desta terça-feira (24/06), a morte de um menino de 12 anos no aterro sanitário de Teresina levou o presidente da Câmara Municipal, vereador Enzo Samuel (PDT), a cobrar explicações do poder público e denunciar falhas na segurança e na gestão do local. O caso reacendeu o debate sobre a presença de crianças em áreas de risco e a responsabilidade do Estado na prevenção de tragédias como essa.
Durante sessão plenária, o parlamentar afirmou que a tragédia escancara uma “grave omissão do poder público”, ao permitir que menores de idade tenham acesso livre ao aterro, um ambiente inadequado e sem qualquer tipo de controle efetivo. “Não é admissível que uma criança consiga entrar em um local como esse sem que ninguém perceba. Falhou o sistema de vigilância, falhou o aparato de proteção social e falhou o Estado”, declarou Enzo.
A vítima, identificada como David Kauã, foi encontrada sem vida após sofrer um acidente dentro do aterro sanitário. O episódio gerou comoção e expôs as deficiências na estrutura do local, que continua sendo frequentado por pessoas em busca de materiais recicláveis, muitas delas em situação de vulnerabilidade social.
O vereador também solicitou que a Prefeitura de Teresina e os órgãos responsáveis apresentem um plano emergencial de reestruturação da segurança no aterro e reforcem ações de assistência social para as famílias que sobrevivem da coleta de resíduos. Ele destacou ainda a necessidade de uma apuração rigorosa para identificar eventuais responsáveis pela negligência.
A Câmara Municipal deve encaminhar um requerimento oficial à administração municipal nos próximos dias, solicitando informações detalhadas sobre a gestão do espaço e os protocolos de segurança atualmente adotados.
fonte 180graus.com
