“Nós temos uma relação fraterna com o PMDB. Já tivemos juntos em algumas vezes, separados em outras, e temos também todo o interesse de travar um diálogo para que possamos compor um palanque político forte no ano que vem. Mas acho que a gente tem que deixar para falar disso em janeiro. Mas da nossa parte está 100% fechado”, afirmou em entrevista ao Jornal do Piauí, ressaltando que ainda é muito cedo para se falar na indicação de nomes.
“É muito cedo para que a gente possa falar de qualquer tipo de palanque no ano que vem. Estamos passando por um momento muito difícil na economia brasileira e isso reflete também na própria política. Existe uma grande variação da opinião pública no momento, um grande desgaste da classe política. Por isso, nós temos que olhar com muito cuidado não cometer nenhum erro no ano que vem. A partir do mês de janeiro nós vamos aprofundar o debate com as forças políticas para que nós possamos traçar a nossa estratégia como a mais correta possível”, declarou o prefeito, citando como exemplo de surpresa em um pleito, a eleição do novo presidente da OAB, Chico Lucas.
“Olha o que aconteceu na eleição da Ordem: tínhamos um lado completamente estruturado, formado por grandes lideranças e de repente houve um movimento de renovação bastante intenso capitaneado pelo Chico Lucas, o vencedor. Então, é necessário que estejamos sintonizados com o pulsar das ruas”, afirmou.
Firmino negou que na atual ala de aliados haja rejeição a uma possível aliança com o PMDB. “Eu não conheço nenhum aliado nosso que tenha qualquer tipo de rejeição ao PMDB, pelo contrário, todos têm falado bem da possibilidade de estarmos juntos com o PMDB em nosso palanque. A discussão que está sendo feita é em relação ao vice. É muito cedo para discutir isso. Será lá para junho ou julho. Só teremos algo sobre isso às vésperas das eleições”, comentou.
Segundo o prefeito, a discussão sobre quem ocupará a vaga de vice será feita apenas em junho ou julho. “Temos um candidato a vice natural que é o vice-prefeito Roney. Qualquer modificação será feita ouvindo todos os parceiros”, destaca.
Viagem à África do Sul
Firmino comentou ainda a viagem que fez à Africa do Sul e Etiópia apresentando o projeto Lagoas do Norte como alternativa para combater enchentes. “Foi uma troca de experiências com muito aprendizado e alguns ensinamentos. Fomos a convite do Banco Mundial para conhecer na cidade de Durben experiências com esgotamento sanitário e saneamento básico e depois fomos a cidade de Addis Abebba na Etiópia para que pudéssemos participar de um seminário sobre problemas relacionados a urbanização. Nesse contexto apresentamos o Lagoas do Norte como o projeto que previne cheias na zona norte de Teresina”, destacou.
O gestor disse ainda que esteve na união africana participando de um seminário mostrando o Lagoas do Norte como sucesso de execução. “Ele é um projeto bem sucedido porque é multisetorial integrado, geralmente em projetos assim existe uma persistência muito grande. Então, o fato de o Lagoas do Norte ter avançado na primeira fase e está iniciando a 2ª fase mostra o sinônimo do seu sucesso. O Banco Mundial desejava mostrar para outras municipalidades da África as potencialidades e os desafios. É um projeto viável e transforma a vida das pessoas. Somente com a implantação da 1ª fase, a zona norte já não passa por aquelas enchentes que existiam no passado”, ressaltou, lembrando o início da 2ª fase.
“Estamos agora lançando a 2ª fase. Negociamos com a Secretaria do Tesouro Nacional e em breve teremos a aprovação do Senado. Após isso teremos a contratação de mais 88 milhões de dólares para nos próximos anos dar continuidade ao projeto Vila Bairro”, comentou.
Subdelegação da Agespisa
Já sobre a subdelegação da Agespisa, Firmino afirmou torcer para que o projeto do governo do estado dê certo, caso contrário, é natural a prefeitura assumir o serviço na capital. “Nós queremos que o governo do estado possa levar a cabo o seu projeto. Temos o contrato da prefeitura com a Agespisa. O governo nos diz da impossibilidade da Agespisa nos atuais padrões cumprir esse contrato assumido com a cidade de Teresina. Eles propuseram alternativa para que a cidade possa avançar não só na gestão, mas em investimentos na área de esgotamento sanitário. Da nossa parte, queremos que o estado faça seu projeto andar e traga resultados objetivo. Continuaremos a cobrar de forma intensiva. Esse modelo é diferente e esperamos que seja uma saída viável. Na África do Sul, o município que assumiu o serviço, caso não dê certo agora, quem sabe a prefeitura possa assumir”, alerta.
Revolução do Transporte coletivo
O prefeito comentou ainda durante a entrevista, a polêmica em torno da instalação de ar condicionado nos ônibus. Ele garantiu que a climatização acontece já em 2016 e que o primeiro terminal será inaugurado em janeiro.
“Em 2009 fizemos o planejamento do BRT para que pudéssemos reformar o transporte coletivo de Teresina. Todo esse processo está em andamento. São várias obras. Já estava previsto no primeiro momento que nas linhas troncais os ônibus teriam ar condicionado, depois serão as linhas alimentadoras. O primeiro terminal sai em janeiro na Livramento, depois vem o do Bela Vista e o do Dirceu. No ano que vem estaremos no processo de entrega desses terminais. Estamos fazendo esse novo modelo para racionalizar. São melhorias sem aumento de custo. Nesse novo modelo nós teremos eficiência na execução do recurso. No primeiro ano teremos 140 ônibus atendendo a cidade de Teresina. Vamos ter uma melhoria significativa. Estamos as vésperas de uma revolução no transporte de Teresina e isso inclui ar condicionado nas linhas troncais”, finalizou.
fonte cidadeverde.com
