Contos de um jurista sobre o olhar de um dia de trabalho o que ouvimos
por
Jefferson Kalume de Oliveira
‘’ESTOU COM O PULO DA REDE E O VENTO DA PORTA’’
A expressão acima foi ouvida por este Defensor Público nesta semana durante mais um de nossos atendimentos.
Passava-se das 14hs quando aquela senhora idosa,olhar sofrido,pele queimada do sol e com pisadas lentas adentrou na sala onde estávamos,cumprimentos á parte,solicitei que sentasse para que pudesse iniciar seu atendimento.
Ao cumprimento já dava para notar o quanto suas mãos eram calejadas e que ali era um ser humano que precisava de ajuda e onde o sofrimento era um inquilino indesejável.
Ao verbalizar: ‘’Estou com o pulo da rede e o vento da porta’’,entendi que a realidade de nossos assistidos estava ali franqueada e que muitas vezes estes cidadãos saem de casa sem ao menos o desjejum, ou seja sem a ‘’mistura’’ que todo ser vivente tem que ter ao ‘’pular da rede’’.
Olhei,escutei e me solidarizei,contive a emoção para ter a razão de bem atender aquela senhora,mas somos seres humanos e temos sentimentos que nos escapam e não é porque somos fracos,é porque ainda teimamos em ser gente e agradecemos a Deus por nos permitir ser o instrumento,assim como outros milhares de servidores,em viabilizar nem que seja um sopro de dignidade aos que nos demandam nestas situações.
Após o devido atendimento ficamos a olhar ela sair agradecida ,com uma resposta e atendimento próximo agendado quando então já estará ajuizada a ação suplicada por aquela senhora.
Todos os dias aprendemos,isso é um fato!Quanto ao vento da porta este quer dizer o enfrentar da luta diária em que cada um passa e quantos brasileiros,piauienses não estarão nestas condições de vulnerabilidade? Á tardinha chega e voltamos para casa com o dever do empenho e que possamos trazer o vento da porta aos que nos procuram,aos que nos ensinam,aos que nos emocionam e aos que ainda acreditam na justiça!
fonte portal piaui de ponta a ponta
‘’ESTOU COM O PULO DA REDE E O VENTO DA PORTA’’
A expressão acima foi ouvida por este Defensor Público nesta semana durante mais um de nossos atendimentos.
Passava-se das 14hs quando aquela senhora idosa,olhar sofrido,pele queimada do sol e com pisadas lentas adentrou na sala onde estávamos,cumprimentos á parte,solicitei que sentasse para que pudesse iniciar seu atendimento.
Ao cumprimento já dava para notar o quanto suas mãos eram calejadas e que ali era um ser humano que precisava de ajuda e onde o sofrimento era um inquilino indesejável.
Ao verbalizar: ‘’Estou com o pulo da rede e o vento da porta’’,entendi que a realidade de nossos assistidos estava ali franqueada e que muitas vezes estes cidadãos saem de casa sem ao menos o desjejum, ou seja sem a ‘’mistura’’ que todo ser vivente tem que ter ao ‘’pular da rede’’.
Olhei,escutei e me solidarizei,contive a emoção para ter a razão de bem atender aquela senhora,mas somos seres humanos e temos sentimentos que nos escapam e não é porque somos fracos,é porque ainda teimamos em ser gente e agradecemos a Deus por nos permitir ser o instrumento,assim como outros milhares de servidores,em viabilizar nem que seja um sopro de dignidade aos que nos demandam nestas situações.
Após o devido atendimento ficamos a olhar ela sair agradecida ,com uma resposta e atendimento próximo agendado quando então já estará ajuizada a ação suplicada por aquela senhora.
Todos os dias aprendemos,isso é um fato!Quanto ao vento da porta este quer dizer o enfrentar da luta diária em que cada um passa e quantos brasileiros,piauienses não estarão nestas condições de vulnerabilidade? Á tardinha chega e voltamos para casa com o dever do empenho e que possamos trazer o vento da porta aos que nos procuram,aos que nos ensinam,aos que nos emocionam e aos que ainda acreditam na justiça!