A Delegacia Geral do Estado divulgou na tarde desta terça-feira (11), a realização de uma operação que visa realizar abordagens à veículos no intuito de coibir a prática de roubos e furtos, porte ilegal de arma e tráfico de drogas. A operação foi batizada de "Cerco Fechado".
Segundo o delegado geral Luccy Keiko Leal, a operação vai se estender até esta quarta-feira (12). "Só hoje estamos com um efetivo de 60 homens atuando nessa operação", afirmou.
Além da Polícia Civil, a Polícia Militar também participa da operação, que acontece em vários bairros abrangendo todas as regiões da cidade.
Segundo a Secretaria de Segurança, serão feitos bloqueios, barreiras de fiscalização, bem como abordagem a veículos suspeitos e a pessoas.
"Sendo medida necessária para garantir proteção a sociedade e inibir a ação dos criminosos em Teresina", informa a SSP em nota.
Participam da operação policiais civis dos mais diversos Distritos Policiais e Especializadas, bem como Policiais Militares de suas unidades Especializadas e dos Batalhões da Capital.
O maior número foi registrado em abril, fechando um total de 301, seguido do mês de março, com 267 ocorrências. Em janeiro o número foi de 257 roubos. As ocorrências caíram um pouco em fevereiro, quando foram registrados 249.
Considerando os 120 dias do primeiro quadrimestre, a média chega a quase nove (8,95) veículos roubados por dia, superando os números do primeiro bimestre.
Incentivo a bancos comunitários estimula e descentraliza crédito para pequenos empreendedores
A Piauí Fomento já investiu mais de R$ 300 mil em crédito via bancos comunitários.
Maria Elizângela é uma das investidoras beneficiadas pela Piauí Fomento (Divulgação)
Em um cenário econômico nacional pouco promissor, o Piauí dá exemplo e estimula o empreendedorismo por meio da Agência de Fomento e Desenvolvimento do Estado do Piauí - Piauí Fomento, com experiências de êxito junto aos bancos comunitários que vêm gerando resultados positivos no interior. No estado, a primeira experiência de banco comunitário ocorreu em São João do Arraial, o Banco Cocais, inaugurado no dia 2 de dezembro de 2007.
No estado ainda existem os bancos Rede Opala, em Pedro II; Banco Retiro, em Esperantina; e Porto Marruás, na cidade de Porto. Cada um com suas moedas próprias.
Mauro Rodrigues, coordenador do Banco Cocais, diz que em 2018, essas instituições fizeram parceria com a Piauí Fomento. “Assim, funcionamos como uma espécie de braço da agência nessas cidades”, diz o coordenador, citando que em São João do Arraial, Cocais é o nome da moeda local; em Pedro II, a moeda é a Opala; em Esperantina é Longá; e em Porto, o nome da moeda é Marruás.
“Não trabalhamos com correntistas, não abrimos conta e não usamos o sistema financeiro”, diz Mauro, afirmando que a instituição é gerida por uma organização constituída por várias empresas e pessoas. “O que fazemos é ser um facilitador na elaboração de propostas, projetos e orientamos na busca por créditos e prestação de contas”, declara Rodrigues, enfatizando que orienta na obtenção de créditos e economia solidária.
A parceria entre bancos comunitários e a agência de fomento tem garantido crédito para pequenos empreendimentos seja para estruturação do negócio ou capital de giro. Nessa modalidade de negócios, os financiamentos contemplam tanto grupos de pessoas como individuais. “Trabalhamos com moeda local com a finalidade de incentivar o desenvolvimento local e fazer circular as riquezas no município”, diz Mauro, esclarecendo que é feito um trabalho burocrático, como o recolhimento de documentos, elaboração da proposta, visita técnica e, a partir dessas etapas, os projetos são enviados para Piauí Fomento, que faz análise e dá um retorno sobre a liberação, ou não, da linha de crédito.
A cooperação começou ano passado e tem gerado bons resultados, pois, segundo Luís Carlos Ewerton, diretor-presidente da Piauí Fomento, a taxa de inadimplentes até agora é zero e, atuar em conjunto com os bancos comunitários, foi uma forma de chegar aos municípios, alcançar os pequenos empreendedores e abranger maior número de piauienses.
“Atualmente, além dos quatro bancos comunitários em operação, estão sendo implantados mais oito. As cidades contempladas são Monsenhor Gil, União, São Pedro do Piauí, Água Branca, Regeneração, Santo Antônio dos Milagres, Demerval Lobão e José de Freitas”, afirma Carlos Ewerton, enfatizando que, com essas novas unidades, será maior o número de pessoas beneficiadas com o crédito.
Democratização do acesso ao crédito
“De agosto até agora, já investimos mais de R$ 300 mil em crédito via bancos comunitários e a tendência é ampliar o número de pessoas beneficiadas”, declara Ewerton, informando que a atuação dos bancos comunitários é importante, pois os tomadores de crédito são assistidos e orientados a respeito da aplicação e investimentos.
Segundo Mauro, para pessoa física, o teto chega a R$ 5 mil, já o microempresário individual, o crédito pode chegar a R$ 15 mil e o microempreendedor pode adquirir valor de R$ R$ 100 mil, sendo que as empresas têm carência de 24 meses e a pessoa física, carência de 18 meses.
Segundo Luís Carlos Ewerton, essa modalidade de crédito da Piauí Fomento está em destaque. “Até agora a inadimplência é zero”, disse.
“Com essa parceria com bancos comunitários, esse crédito para pequenos e microempreendedores é possível gerar e fazer circular as riquezas nos municípios”, declara o gestor, enfatizando que a agência tem investido em empreendedores que trabalham com a produção de energia solar em pequenas empresas rurais.
“Atuar junto aos bancos comunitários democratizou o acesso ao crédito, atingimos maior número de pessoas”, afirma Ewerton.
Diversificação do crédito e aumento da renda
Os negócios financiados são os mais variados possíveis e vão desde vendedores, agricultores familiares que criam animais, estúdios, lojas. Maria Elizângela da Silva, da cidade de São João do Arraial, é uma das investidoras que foi obteve financiamento junto à Piauí Fomento, por meio do banco comunitário.
“Meu negócio é a criação de galinhas e produção de ovos”, relata, contando que esse foi o seu primeiro crédito obtido na Piauí Fomento e espera realizar outras operações futuras. “Queria ampliar meu negócio, fiz projeto para trabalhar com galinhas e ovos e o resultado tem sido positivo”, declara Elizângela, que esse trabalho é bom e proporciona uma grana extra e necessária para sua família.
Com o dinheiro do financiamento, a produtora comprou as galinhas, a ração, medicamentos e fez a reforma da estrutura. “Está tudo caminhando dentro da normalidade e percebemos que, durante a Semana Santa, foi comercializada boa quantidade de ovos e agora estamos nos preparando para um festival no mês de julho e teremos um stand para vender comida”, diz Silva, enfatizando que será uma boa oportunidade de mostrar o resultado de seu trabalho e ampliar a renda.
Em outra linha de negócios, Alexandre Mendes é também beneficiário dos créditos da Piauí Fomento, por meio do banco comunitário Cocais. “Trabalho com publicidade, impressões, gravações e manutenção de computadores, fazemos panfletos, produção de post e mídias para o comércio da região”, comenta o empreendedor.
Alexandre aprovou a iniciativa da agência em trabalhar com os bancos comunitários e abranger maior número de pessoas. “Gostei demais, é um crédito muito bom para os pequenos, não tem tanta burocracia e atende nossas necessidades”, afirma Mendes, enfatizando que obteve um financiamento de R$ 5 mil que serão devidamente pagos.
“Essa foi a primeira operação de crédito na Piauí Fomento e já percebi os resultados. Melhoramos a estrutura, organizei o espaço, comprei matéria-prima, como papel, tinta. Foi tudo à vista e obtive preço melhor e já percebi o aumento da lucratividade”, diz Alexandre, lembrando que a clientela aprovou as mudanças do empreendimento.
Projeto da Central de Atendimento à Vítima é apresentado ao PGJ nesta segunda(10)
O coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça Criminais (Caocrim), Sinobilino Pinheiro, realizou nesta segunda-feira(10), a apresentação do projeto de implantação da Central de Atendimento às Vítimas (CAV) ao procurador-geral de Justiça, Cleandro Moura. O Caocrim é um órgão auxiliar do Ministério Público do Estado do Piauí(MPPI).
A CAV será instalada na sede do MPPI, onde serão realizados atendimentos psicossocial e jurídico às vítimas e familiares de determinados crimes, por encaminhamento do promotor de Justiça. Se durante o atendimento for constatada a necessidade de atendimentos mais especializados, a vítima será encaminhada para as clínicas-escolas ou para os Núcleos de Práticas Jurídicas das faculdades.
"Hoje encerramos a primeira fase do projeto, que envolveu: estruturação, planos de atuação em cada área, minuta de regulamentação, estrutura, entre outros aspectos. Apresentamos o projeto para o procurador-geral para que ele seja homologado. A partir de então, começaremos a segunda fase, com assinatura do termos de cooperação com três universidades particulares e a Universidade Federal do Piauí(UFPI)", explica o promotor de Justiça, Sinobilino Pinheiro.
Promotor de Justiça Sinobilino Pinheiro
Para o procurador-geral de Justiça, Cleandro Moura, a atuação conjunta de diversos setores do MPPI tem a finalidade de proporcionar bem estar para sociedade. "Vítimas de violência poderão ser atendidas por profissionais das áreas de Direito, Psicologia e Assistência Social. São projetos como esse que, realmente, vão garantir uma sociedade melhor para o futuro", diz o PGJ.
Também participaram da apresentação do projeto, a assistente social Núbia Caldas; as psicólogas Liandra Nogueira e Gabriela Amâncio. A promotora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania (CAODEC), Flávia Gomes; o procurador-geral de Justiça do Maranhão, Luiz Gonzaga Martins, entre outras autoridades assistiram à exibição do projeto.
A execução do projeto está prevista para a segunda quinzena do mês de agosto.
fonte www.mppi.mp.br
Coordenadoria de Comunicação Social Ministério Público do Estado do Piauí MP-PI
Homem confessa assassinato de mulher e diz que a matou por ciúmes
O homem identificado como Francisco Olavo foi preso na tarde desta segunda-feira (10/06) em Parnaíba-PI. Durante o depoimento, ele confessou que matou e enterrou Sandreia dos Santos Lima. A mulher foi encontrada morta no quintal de uma residência. Com informações do Tribuna de Parnaíba.
Francisco se apresentou na delegacia com a presença do seu advogado. Durante o depoimento ele confessou ter matado e enterrado Sandréia dos Santos, segundo ele, por ciúmes.
Durante o depoimento, segundo a delegada Fernanda Novaes, ele conta que teve uma discussão na quinta-feira (06/06), Francisco agrediu a mulher e em seguida a matou enforcada. Ele disse que a mulher traia ele.
Antes da briga, Francisco teria então visto uma conversa da mulher, relatando estar em dúvida para uma amiga, sobre quem ela iria ficar, com Francisco, ou com o outro rapaz.
Segundo Francisco, o corpo da mulher foi enterrado na sexta-feira (07/06).
A mulher estava desaparecida há quatro dias e familiares chegaram a realizar uma campanha nas redes sociais por informações dela.
O governador Wellington Dias (PT) defendeu a aprovação da chamada Lei do Abuso de Autoridade. O Líder do Executivo Estadual deu a declaração ao comentar o vazamento de suposta conversa entre o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o procurador da República, Dalton Dallagnol. Ele falou sobre sobre o assunto durante lançamento do Festival de Inverno de Pedro II.
Ele também pediu a apuração dos fatos. “Defendo que possamos ter a apuração, e mais do que isso, a aprovação da Lei de Abuso de Autoridade. Mais do que nunca é revelada a importância sobre isso e como líder do Piauí, quero trabalhar com outros líderes no sentido do nosso país cumprir a lei e a Constituição. Para que, com isso, possamos voltar ao eixo doa a quem doer. Aquilo que foi feito errado seja corrigido para que possamos ter bons exemplos”, declarou.
Wellington afirma que as conversas mostram um possível “conluio” de autoridades na tentativa de prejudicar o ex-presidente Lula. Para ele, o conteúdo das gravações é grave.
Foto:RobertaAline/CidadeVerde.com
“É claro que tem um pano de fundo que é o fato de serem gravações não autorizadas. Também revelam algo que precisamos nos preocupar e muito. Vi o próprio Papa Francisco manifestando para o mundo uma preocupação com um esquema que é perigoso para a democracia e a organização das instituições no país e no mundo. Quando você detém um conluio entre pessoas do Ministério Público e do Judiciário, pessoas de várias áreas com o objetivo de disputar o poder pelo poder, não é razoável”, afirmou.
Nesta terça-feira (11), o governador participa de reunião com governadores em Brasília. Wellington Dias se manifestou em defesa da aprovação.
“Graças à Deus vamos tratar de várias pautas. A pauta da Previdência é importante, mas destaco que não é a única. Vamos tentar analisar se conseguimos voltar ao eixo para ter um regramento nacional que sirva para a União, estados e municípios e que tenham o entendimento. Ou isso ou não se tem a quantidade de votos que se precisa. São pensamentos e opiniões distintas. É preciso um acordo para o texto. O meu campo político, defende alterações e a aprovação porque sabemos da importância do equilíbrio atuarial na previdência”, destacou.
Um homem de identidade não identificada, suspeito de assalto na zona Sul de Teresina, acionou a polícia com receio de ser linchado. O caso ocorreu nesta segunda-feira (10). Após ser perseguido pela população depois de praticar assaltos, o jovem armado se abrigou em uma panificadora no bairro Lourival Parente.
De acordo com uma funcionária da padaria, o homem não assaltou ninguém dentro do estabelecimento, apenas usou o local para se proteger do linchamento. “Ele ainda chegou a tentar roubar a moto de um rapaz aqui próximo, mas não conseguiu, caiu e a reação dele foi apontar a arma para as pessoas que estavam do outro lado da calçada querendo pegar ele”, contou Francisca Latifia.
Segundo a funcionária o suspeito ameaçou as pessoas que estavam no local que voltaria caso elas prestassem depoimento à polícia. “Ele estava com a arma e um celular e ele mesmo ligou para a polícia. Disse pra uma das funcionárias que se ela fosse a delegacia ele iria voltar”, contou.
A ocorrência foi atendida pelo Batalhão de Rondas Ostensivas de Naturezas Especiais (BPRone) com reforço do 6° Batalhão da Polícia Militar que conduziram o suspeito até a Central de Flagrantes.
PGJ firma Termo de Cooperação com prefeitura de Capitão de Campos para instalação do Procon Municipal
O Procurador-Geral de Justiça, Cleandro Moura, assinou, nessa quarta-feira (5), Acordo de Cooperação Técnica com o prefeito do município de Capitão de Campos, Francisco Medeiros de Carvalho Filho, mais conhecido como Tim Medeiros, para instalação do Procon Municipal na cidade.
A expectativa é de que o órgão seja inaugurado até o mês de julho. Cabe ao municiípio disponibilizar espaço físico e equipe de pessoal a ser treinada pelo Procon Estadual para atendimento aos consumidores da região. Além do atendimento com o recebimento de reclamações e denúncias de infrações à legislação de proteção e defesa do consumidor, o órgão municipal também realizará audiências de conciliação entre as partes envolvidas.
O MPPI, na condição de coordenador da política do Sistema Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor, dará toda a orientação, inclusive com o acesso ao SINDEC (Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor), para que Procon Municipal cumpre o seu papel. Equipamentos de informática e mobília também poderão ser cedidos.
O coordenador estadual do Procon, promotor de Justiça Nivaldo Ribeiro, também participou da assinatura do Termo de Cooperação. “É muito importante para os consumidores poder contar com um órgão de proteção na própria cidade. O procon municipal também tem a missão de informar fornecedores e consumidores sobre os seus direitos. Estamos satisfeitos com mais essa parceria”, destacou.
fonte www.mppi.mp.br
Coordenadoria de Comunicação Social Ministério Público do Estado do Piauí MP-PI
Firmino responde críticas de Georgiano: 'Que ele vá estudar os problemas da cidade'
Nesta quarta-feira (05/06), o prefeito Firmino Filho (PSDB) respondeu às críticas do deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Teresina, Georgiano Neto (PSD).
Em entrevista à TV Meio Norte, Firmino deixou claro que não tem 'nada contra' Georgiano e o aconselhou a 'estudar' os problemas da cidade, e entender a complexidade da capital, afim de propor soluções que contribuam para o avanço de Teresina.
"Eu gosto do Georgiano, ele fez parte da nossa equipe, gosto muito da família dele. Nada contra, acho legítima a vontade dele de querer ser prefeito, governador, enfim, acho isso absolutamente normal. Agora eu dou um conselho para ele, se ele quer ser prefeito, que ele vá estudar os problemas da cidade, que ele vá preparar propostas para a cidade, que ele vá entender a complexidade da cidade de Teresina e como nós pudemos fazer a nossa cidade avançar", afirmou.
O prefeito também pontuou que às críticas que o estadual "espalhou" não fica bem para a imagem de um parlamentar que visa a prefeitura municipal de Teresina.
"Essa história de ficar acusando as outras pessoas, acho que não fica bem para quem quer ser prefeito de Teresina. Então, o meu conselho para ele é que ele estude, ande muito na cidade, converse muito com o povo, e se prepare para disputar a prefeitura, acho que isso é uma coisa que devia ficar clara e não ficar apontando o dedo", declarou firmino.
Durante discurso na sessão da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) desta terça-feira (04), Georgiano havia dito que está sendo alvo de críticas de um "exército", supostamente comandado por Firmino, desde que o parlamentar se lançou a pré-candidato da capital.
PM prende homem acusado de praticar "curandeirismo" no Piauí
Suspeito admitiu em depoimento receber dinheiro para "tratar" pacientes com rezas.
Equipes da Polícia Militar de Paulistana prenderam nesta terça-feira (4) um homem acusado da prática de curandeirismo e estelionato no município de Jacobina, localizado a 883 km de Teresina. Segundo informações da PM, denúncias de moradores apontavam que havia um grupo de ciganos realizando curandeirismo na região de Conceição de Canindé.
Durante as diligências, os policiais fizeram a abordagem a um homem identificado como Raimundo Costa Sobrinho, sendo encontrado com ele a quantia de R$ 860 em espécie e folhas de papel. Segundo a PM, ao ser questionado sobre a procedência do dinheiro, o suspeito teria admitido se tratar de "dinheiro de rezas" e que havia recebido a quantia de "pacientes" que retribuíam pelo tratamento.
PM prende homem acusado de praticar "curandeirismo" no Piauí. (Foto: Divulgação/PM)
Após ser detido, o suspeito levou os policiais até as supostas vítimas e estas informaram como aconteceu a "reza". "O cigano chegou na casa informando que alguém naquele recinto necessitava de uma cura (no local havia um cadeirante); sendo assim, o mesmo informou que só rezava em dinheiro, que a moradora pegasse todo o dinheiro e entregasse para que ele o abençoasse. Dessa forma, ele enrolou a quantia informada em folhas de papel e começou a rodear o cadeirante. Com ramos em uma mão e o dinheiro enrolado na outra, ao passar pelas costas do cadeirante, o acusado trocou os maços de papel, colocando o maço de papel com dinheiro no seu bolso e pegando o maço só de folhas enroladas na mão", relatou o comandante do 20º BPM, Major Estanislau Felipe.
Depois de fazer a "reza", o suspeito teria solicitado uma camisa para guardar o suposto maço em que estava o dinheiro e, ao dar o nó na camisa, disse para a vítima só abrir após 5 horas, para concretizar a cura. Segundo o comandante, a família não havia percebido ter sido vítima de uma golpe até a chegada dos policiais e notar que dentro da camisa estavam apenas as folhas de papel, sem o dinheiro.
O acusado confessou o crime, sendo conduzido juntamente com a vítima, que era cadeirante, para a Delegacia de Polícia Civil do município para os procedimentos legais cabíveis.
No Piauí, o número de mulheres mortas cresceu 48,6% entre 2007 e 2017
Estudo ressalta que nem todos os casos registrados são de feminicídios. No país, houve um crescimento de 30,7% no período.
A nova edição do Atlas da Violência indica que houve um crescimento expressivo no número de homicídios femininos no Brasil em 2017, com cerca de 13 assassinatos por dia. Ao todo, 4.936 mulheres foram mortas, o maior número registrado desde 2007.
Com base nos registros do Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, o levantamento aponta que, entre 2007 e 2017, houve um crescimento de 30,7% no número de homicídios de mulheres no país.
De 2016 para 2017, houve um aumento de 6,3% no número de assassinatos de mulheres.
Quando se avalia a taxa de homicídios de mulheres por 100 mil habitantes, houve um crescimento de 20,7% no índice nacional entre 2007 e 2017, passando de 3,9 assassinatos para 4,7 assassinatos, por 100 mil habitantes.
Nesse período (2007 a 2017), houve crescimento da taxa em 17 unidades da Federação.
Já no recorte de 2012 a 2017, observa-se um aumento de 1,7% na taxa nacional e um aumento maior ainda entre 2016 e 2017, chegando a 5,4%. Neste intervalo de um ano, também ocorreram taxas ascendentes em 17 unidades da Federação.
No Piauí, o número de mulheres mortas cresceu 48,6% entre 2007 e 2017, quando correram, respectivamente, 35 e 52 assassinatos.
De 2016 para 2017, o crescimento do número de homicídios de mulheres no Piauí foi de 4%, tendo ocorrido 50 crimes em 2016 e 52 crimes em 2017.
Já no período entre 2012 e 2017, a variação foi de 13%, passando de 46 assassinatos de mulheres (em 2012) para os 52 assassinatos de 2017.
Com relação às taxas de homicídios de mulheres para cada 100 mil habitantes, o Piauí apresentou um avanço de 42,8% entre 2007 e 2017. Enquanto naquele ano ocorreram 2,2 assassinatos de mulheres para cada grupo de 100 mil habitantes, neste ano mais recente foram 3,2 crimes.
Entre 2016 e 2017 o avanço da taxa no Piauí foi de 3,6%, e entre 2012 e 2017 foi de 13,5%.
Atlas: 'é cedo para confirmar se houve aumento dos casos de feminicídio ou se apenas diminuiu a subnotificação'
Segundo o levantamento produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ainda não se pode determinar com total certeza se a percepção de que houve um aumento dos casos de feminicídios corresponde à realidade.
Isso porque "não se sabe ao certo se o aumento dos registros de feminicídios pelas polícias reflete efetivamente aumento no número de casos, ou diminuição da subnotificação, uma vez que a Lei do Feminicídio (Lei no 13.104, de 09/03/2015) é relativamente nova, de modo que pode haver processo de aprendizado em curso pelas autoridades judiciárias", pondera o estudo.
Vale destacar que feminicídio é uma qualificadora do crime de homicídio, estando caracterizada quando o assassinato ocorre por razões da condição de sexo feminino da vítima. Por exemplo, quando um homem mata a esposa ou a namorada por ciúmes.
Por outro lado, quando uma mulher é morta num assalto, por exemplo, o crime não se caracteriza como feminicídio.
Mesmo ressaltando que não é possível apontar com total convicção que está havendo, nos últimos anos, um aumento do número de feminicídios no país, o estudo do Ipea enfatiza que "há reconhecimento na literatura internacional de que a significativa maioria das mortes violentas intencionais que ocorrem dentro das residências são perpetradas por conhecidos ou íntimos das vítimas".
"Portanto, a taxa de incidentes letais intencionais contra mulheres que ocorrem dentro das residências é uma boa referência para medir o feminicídio. Naturalmente, ainda que o número real de feminicídios não seja igual ao número de mulheres mortas dentro das residências (mesmo porque vários casos de feminicídio ocorrem fora da residência), tal referência pode servir para evidenciar a evolução nas taxas de feminicídio no país", pontua o Altas da Violência 2019.