sexta-feira, 2 de maio de 2014

50% do semiárido será monitorado por estação meteorológica


50% do semiárido será monitorado por estação meteorológica

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí (Emater) inicia esta semana, juntamente com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e o Ministério da Ciência e Tecnologia os estudos para a implantação de estações de monitoramento meteorológico no Semiárido do Piauí. O projeto vai tornar possível a previsão do tempo; com chuvas e diagnóstico da umidade do solo, para ajudar o agricultor saber que culturas e quando plantar, de modo a diminuir perdas, nas safras, como ocorre hoje nas mais de 126 cidades que foram a região semiárida do Estado.

Para o diretor geral da Emater, André Nogueira, o projeto vai proporcionar uma verdadeira revolução no meio rural do Estado, principalmente para o agricultor familiar. “Com isso o pequeno produtor vai aumentar as chances de sua produção agrícola e não vai mais amargar perda total da safra como ocorre hoje. É um projeto de ponta do qual do Piauí está participando”, afirma.  No Brasil serão instaladas 100 estações meteorológicas e 500 pluviômetros automáticos.No Piauí serão 10 estações e 50 pluviômetros automáticos.

O trabalho agora é visitar os 80 municípios do Semiárido e escolher as áreas que podem receber as estações e os pluviômetros, equipamentos já adquiridos pelo Governo Federal na Finlândia. Mais de 50% da área de Semiárido piauiense vai contar com a cobertura do programa. “Os estudos se iniciam agora e encerram em julho. A expectativa é de que as estações comecem a funcionar em um ano, até abril de 2015”, explica Adilson Rodrigues, engenheiro agrônomo, doutor em Recursos Hídricos e Ambientais, consultor do Ministério da Ciência e Tecnologia que já está no Piauí para acompanhar os técnicos da Emater neste trabalho. 

As estações serão instaladas nas macrorregiões de Campo Maior, Piripiri, São Raimundo Nonato, Oeiras, Canto do Buriti, Corrente, Picos e Valença. 

“Os estudos se iniciam agora e encerram em julho. Todos os dados colhidos serão enviados para o Cemadem, em São José dos Campos, através de sinal telefônico, via celular. A idéia é fechar uma malha completa de dados, desde a previsão do tempo a umidade do solo, de modo a garantir aos agricultores familiares e aos médios agricultores das regiões a garantia de que poderão plantar em segurança sem que sofram grandes perdas”, afirma o engenheiro Wilton Fontenele, da Divisão de Recursos Naturais, Solo e Água da Emater-Piauí.  Wilton explica ainda que a Emater entra como parceira para identificar os pontos e no acompanhamento local da instalação e uso posterior dos equipamentos.
fonte cidadeverde.com