“Vereadores não podem ser fantoches do prefeito”, diz Lúcia Santos
Presidente do Simepi participou de audiência pública sobre a contratação de Oscip pela PMT.
Fotos: Cícero Portela/ODIA
Ela avaliou como pouca vergonha entregar a estrutura e aparelhagem de uma unidade pública para que um ente privado gerencie. “Não justifica privatizar o que é público”, reitera Lúcia Santos.
Ele admitiu que a prefeitura de Teresina sofre dificuldade em relação ao limite prudencial de gastos, por isso a necessidade de terceirizar a administração das unidades de saúde.
O maior questionamento com relação ao projeto de lei é quanto à contratação dos profissionais que farão o atendimento. Para o vereador Dudu (PT), o objetivo é burlar a lei e criar um "cabide de emprego" para o PSDB.
O vereador Paulo Roberto da Iluminação (PTB) também é contra a aprovação do projeto de lei. Ele afirma que, além de impedir a convocação dos aprovados em concurso público, a contratação de profissionais da saúde terceirizados vai gerar gastos desnecessários para o poder público, tendo em vista que os salários dos concursados custariam menos à prefeitura. "A prefeitura alega que a terceirização é necessária para que a UPA do Renascença e as unidades básicas de saúde comecem a funcionar logo. Mas por que eles não convocam os concursados da FMS, que estão esperando há anos o chamamento?", questiona Paulo Roberto.
A contratação de uma Oscip pela administração pública não é proibida por lei, mas segundo o presidente da Comissão de Direito Municipal da OAB, Greg Maranhão, a prestação de serviço deve ser de caráter complementar. “A OS pode cuidar de atividades meio, mas não de atividades fins, como as desenvolvidas por médicos e enfermeiros”, explica o advogado.
fonte portal o dia
Repórter: Cícero Portela (do local), Nayara Felizardo (redação)