sábado, 22 de novembro de 2014

Piauiense comprova que feijão de corda ajuda a reduzir o colesterol


Piauiense comprova que feijão de corda ajuda a reduzir o colesterol

Após a realização de testes em animais, constatou-se a redução da esteatose hepática.

O feijão-caupi, também conhecido como feijão de corda ou feijão fradinho, muito consumido pelos nordestinos, possui proteínas que podem ajudar a reduzir o alto nível de colesterol ruim (LDL). Os benefícios foram comprovados pela professora doutora da Universidade Federal do Piauí (Ufpi), Karoline Frota. 
Após a realização de testes em animais, foi possível encontrar um efeito importante na redução do colesterol da proteína do feijão-caupi e redução da esteatose hepática, ou seja, a gordura que fica depositada em excesso no fígado, foi totalmente revertida. 
Com esses resultados, a nutricionista desenvolveu um ensaio clínico com voluntários que tinham colesterol elevado, mas não tomavam medicamentos. Os pacientes ingeriram um shake preparado à base de feijão-caupi, onde eram oferecidas duas porções diárias, de modo que ingerissem 25 gramas de proteínas do grão. 
Foto: FolhaPress
Durante seis semanas, os voluntários beberam o shake com a proteína do feijão-caupi. Além disso, eles ingeriram também uma bebida placebo, feita à base de caseína. “O que notamos foi que o efeito da proteína do feijão não foi um efeito placebo, mas que tinha realmente um efeito redutor do colesterol. Com a bebida à base de caseína, observamos uma redução muito pequena e uma redução bem maior com o shake à base de proteína de feijão-caupi”, descreve. 
Karoline Frota destaca que a redução do colesterol nos pacientes que ingeriram o shake à base da proteína do feijão foi de 12%. Segundo ela, esse resultado é conseguido através da implementação de atividades físicas e mudanças alimentares bem rigorosas. Essa redução também é alcançada com o uso de medicamentos, mas não de forma saudável, com a presença de efeitos colaterais e a misturas de outras drogas. 
No entanto, esse shake foi desenvolvido especificamente para a pesquisa e não é comercializado. Para que a proteína do feijão-caupi seja isolada, é necessária uma estrutura maior, disponível apenas nas indústrias alimentícias. “A gente não tem como desenvolver um shake, em uma escala maior e que tenha uma vida de prateleira, durabilidade e data de validade grande, que dure todo o período de intervenção”, afirma. 
Apesar do produto não existir no mercado, Karoline Frota salienta que a bebida é muito interessante, porque houve redução de forma significativa do colesterol total dos pacientes que consumiram. Mesmo não tendo a concentração suficiente para conseguir os mesmo benefícios que o shake, por possuir a proteína isolada, o consumo do feijão, de forma tradicional, também pode ajudar, em um ritmo mais lento, na redução do colesterol. 
Além da proteína, o grão também é rico em fibras, ferro, entre outros nutrientes que, somados, ajudam na redução do colesterol. Mas se deve ter cuidado, pois, em excesso, o indivíduo pode ganhar peso e interferir no colesterol e na gordura sanguínea.
fonte portal o dia