quinta-feira, 5 de março de 2015

Famílias têm data marcada para desocuparem área de preservação ambiental


Famílias têm data marcada para desocuparem área de preservação ambiental

Ação de reintegração de posse no Socopinho será executada na próxima quarta-feira (11).

Um representante da PM conversou com os invasores e a data marcada para a desocupação ficou para o dia 11, próxima quarta-feira.
Nas primeiras horas da manhã de hoje (05), policiais e um oficial de justiça chegaram à ocupação localizada na PI-112, que liga Teresina a União, próximo ao Socopinho, para fazerem a reintegração de posse. Mais de cem famílias teriam ocupado as terras desde o dia 25 de janeiro e, hoje, atearam fogo em pneus no intuito de impedir o despejo. No momento, há muita correria no local. 
A região invadida é uma área de 12 hectares de preservação ambiental pertencente ao Residencial Colinas. Segundo a moradora Ana Regina Rêgo, os invasores desmataram boa parte da área de preservação e se recusam a sair. “Tentamos dialogar com os invasores, mas, ao invés de entender que aquela área ambiental era importante não só para nós, como para todo o entorno, eles ameaçaram invadir nosso condomínio e nossas casas, caso nós conseguíssemos retirá-los do local”, explica. Ana Regina ainda diz que nenhum imóvel foi construído ainda. “A área já está desmatada e tem vários pedaços de madeira que serviriam de estrutura para futuras casas”, conta.
Fotos: Assis Fernandes
Em meio a essa situação, os moradores do condomínio deram entrada na justiça com o pedido de reintegração de posse, antes do carnaval. “Mesmo conseguindo a liminar de despejo, nosso sentimento é de completa revolta e impotência, visto que estão invadindo uma área que é nossa por direito”, declara Ana Regina.
A desempregada Adriana Carvalho é uma das invasoras e conta que, antes da ocupação, foram à Superientendência de Desenvolvimento Urbano da região e ao IBAMA. “Em nenhum desses lugares dizia que a área não poderia ser invadida. E, quando estamos no local, recebemos a ordem de despejo, pois vivemos a mercê dos grandes. Eu não tenho nem tempo de ir procurar emprego, já que tenho medo de voltar e terem destruído tudo”, lamenta. 
Ela, assim como os demais moradores que ocuparam a área, se negam a sair do local e alegam não ter para onde irem.

fonte portal o dia