Famílias têm data marcada para desocuparem área de preservação ambiental
Ação de reintegração de posse no Socopinho será executada na próxima quarta-feira (11).
Um representante da PM conversou com os invasores e a data marcada para a desocupação ficou para o dia 11, próxima quarta-feira.
Nas primeiras horas da manhã de hoje (05), policiais e um oficial de justiça chegaram à ocupação localizada na PI-112, que liga Teresina a União, próximo ao Socopinho, para fazerem a reintegração de posse. Mais de cem famílias teriam ocupado as terras desde o dia 25 de janeiro e, hoje, atearam fogo em pneus no intuito de impedir o despejo. No momento, há muita correria no local.
A região invadida é uma área de 12 hectares de preservação ambiental pertencente ao Residencial Colinas. Segundo a moradora Ana Regina Rêgo, os invasores desmataram boa parte da área de preservação e se recusam a sair. “Tentamos dialogar com os invasores, mas, ao invés de entender que aquela área ambiental era importante não só para nós, como para todo o entorno, eles ameaçaram invadir nosso condomínio e nossas casas, caso nós conseguíssemos retirá-los do local”, explica. Ana Regina ainda diz que nenhum imóvel foi construído ainda. “A área já está desmatada e tem vários pedaços de madeira que serviriam de estrutura para futuras casas”, conta.
Fotos: Assis Fernandes
Em meio a essa situação, os moradores do condomínio deram entrada na justiça com o pedido de reintegração de posse, antes do carnaval. “Mesmo conseguindo a liminar de despejo, nosso sentimento é de completa revolta e impotência, visto que estão invadindo uma área que é nossa por direito”, declara Ana Regina.
A desempregada Adriana Carvalho é uma das invasoras e conta que, antes da ocupação, foram à Superientendência de Desenvolvimento Urbano da região e ao IBAMA. “Em nenhum desses lugares dizia que a área não poderia ser invadida. E, quando estamos no local, recebemos a ordem de despejo, pois vivemos a mercê dos grandes. Eu não tenho nem tempo de ir procurar emprego, já que tenho medo de voltar e terem destruído tudo”, lamenta.
Ela, assim como os demais moradores que ocuparam a área, se negam a sair do local e alegam não ter para onde irem.