Investigação
Ex-prefeito Raimundo Louro dirigia Hilux que matou jovem na PI 110
"Ele saiu de uma estrada carroçal e entrou na PI de uma vez, não tive como desviar ou parar o carro", se defendeu o ex-gestor em entrevista ao portal.
O ex-prefeito de Piracuruca, Raimundo Vieira de Brito, conhecido popularmente com ‘Raimundo Louro’, foi identificado pela Polícia Civil como o condutor do veículo modelo Toyota Hilux, que colidiu em uma motocicleta ocasionando a morte da jovem Ana Karuline Cardoso de Lima, 15 anos, na tarde do último domingo (10), na PI 110, zona rural de Piracuruca.
O delegado de Piracuruca, Ricardo Oliveira, afirmou que o ex-prefeito deve comparecer à delegacia amanhã (14) para prestar depoimento. “Nós fizemos o primeiro contato com ele e marcamos o depoimento dele para esta quinta-feira. Ele vai explicar as circunstâncias de como ocorreu e por que se evadiu do local”, informou.
De acordo com o delegado as primeiras avaliações no local do acidente mostram que Raimundo Louro é culpado pela colisão. “Tudo indica para a conduta culposa dele, por imprudência, mas precisamos ouvi-lo, não posso afirmar”, disse.
Imagem: Piracuruca Ao VivoLucas Magalhães e Ana Karuiline
Ana Karuline havia saído da comunidade Bela Vista com o companheiro Lucas Araújo Magalhães, 20 anos, e o irmão dele que é menor de idade, em uma motocicleta e seguiram com destino a localidade Pedra Grande, onde moram. Em um trecho da rodovia, o motorista da Hilux colidiu na traseira da moto. A adolescente chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.
Outro lado
Raimundo Louro falou ao portal que não foi culpado pelo acidente pois, segundo ele, o jovem que pilotava a moto entrou na PI 110 sem parar ou dar sinal. “Ele saiu de uma estrada carroçal e entrou na PI de uma vez, não tive como desviar ou parar o carro. Eu somente tentei frear e segurar o veículo, quando bateu na moto o carro já estava quase parando, porque se eu tivesse rápido, teria passado por cima da moto”, informou.
Questionado sobre a omissão de socorro às vítimas, Raimundo Louro afirmou que o fez por medo de represálias. “O local onde ocorreu é entre dois assentamentos, se eu parasse o carro ali poderia vir alguém, até mesmo os familiares das vítimas, e me matar. Eu fiquei assustado e saí”, declarou.