Alunos da UFPI dizem ter sido expulsos do Salipi e chamados de “camelôs” ao fazerem bazar
Segundo estudantes, que buscavam recursos para realizarem encontro acadêmico, organização do Salipi disse que pareciam "bando de camelôs" em tom pejorativo
Estudantes tentavam arrecadar dinheiro com bazar no Salipi mas foram barrados pela organização (Foto: Édrian Santos/O Olho)
Estudantes da Universidade Federal do Piauí (UFPI) realizaram um protesto na tarde desta quinta-feira (16/06), alegando que a organização do Salão do Livro do Piauí (Salipi), os expulsou do local. Eles estavam fazendo um bazar para arrecadar dinheiro visando organizar um encontro de estudantes.
Os alunos gritavam palavras de ordem como: “Que contradição / Quem fala em cultura reproduz a opressão”. Eles argumentam que a organização do Salipi disse que os estudantes pareciam “um bando de camelôs”, em tom pejorativo. Os alunos foram para o Espaço Rosa dos Ventos com cartazes para ocupar o local e protestar. Os cartazes continham frases como “O camelô é meu amigo”.
“Que cultura é essa que a pessoa não consegue dialogar, comunicar-se com os outros? Esse é o tipo de pessoa que está saindo das Academias e não consegue se comunicar com um ser humano”, criticou a estudante Lygia Rissope, que participou do protesto.
“ESPAÇO ESTAVA FEIO”
Uma das responsáveis pela organização administrativa do Salipi, Edilva Barbosa, explicou ao O Olho que o espaço foi negociado desde fevereiro com a UFPI e que os stands presentes já haviam acordado um valor com o Salipi para ficarem no espaço. Os alunos, por sua vez, segundo ela, não conversaram com a coordenação, que não pode permitir a presença da venda deles no local.
Uma das organizadoras do Salipi afirmou que bazar dos alunos estava “feio” e disse ter sido mal interpretada (Foto: Edrian Santos/ O Olho)
Edilva salienta que vai entrar em contato com a UFPI para que as providências sejam tomadas. Ela afirmou que foi mal interpretada quando disse o bazar parecia um espaço de camelô pois, ainda de acordo com ela, estava “feio”. Edilva Barbosa é professora de Artes, formada pela UFPI e, segundo ela, os alunos querem chamar a atenção e bater boca, já que a situação, na avaliação dela, poderia ser resolvida de outra forma. Por enquanto, a representante do Salipi garante que vai esperar os manifestantes saírem, pois “uma hora eles vão sair para ir à aula”.
Edilva Barbosa ainda ressalta que o espaço que compreende do Restaurante Universitário e o Cineteatro está sob as responsabilidades do evento até o dia 19 de junho.
Veja vídeo da reportagem do O Olho com o protesto dos estudantes:
fonte http://noticias.oolho.com.br/
