Seduc quer rigor na investigação de assédio contra estudantes do Liceu
Em um dos casos, estudante chegou a se afastar do colégio. Professor continua dando aula
A Secretaria de Educação afirmou em nota que a Secretaria de Segurança será acionada para investigar as denúncias de assédio de professores contra alunos do Colégio Liceu Piauiense. As denúncias vieram à público depois que as mães de dois estudantes procuraram a diretoria do colégio afirmando que seus filhos estavam sendo vítimas de aliciamento.
O primeiro caso seria de uma jovem de 15 anos, que chegou a se afastar do colégio, e noutro a vítima é um adolescente. Os dois professores denunciados continuam trabalhando normalmente.
Mais cedo, o coordenador do Grupo de Apoio à Vida Miranda Neto deu entrevista à TV Cidade Verde denunciando que os casos de assédio estão sendo registrados também na rede privada de ensino na capital. Ele diz ter conhecimento de pelo menos 14 professores que são investigados sem segredo de justiça.
Miranda pede que os pais estejam atentos ao comportamento dos filhos e desconfie de saídas para trabalhos em grupo e aulas fora do ambiente escolar. Ele alerta ainda para a vulnerabilidade das jovens com uso das redes sociais e pede que, a qualquer suspeita, os pais ou professores denunciem.
A Seduc informou que a investigação do caso será acompanhada por um delegado específico e que o inquérito vai embasar a sindicância que a Secretaria da Educação fará na escola e, caso as denúncias sejam comprovadas, a Seduc tomará todas as medidas cabíveis.
Como medida preventiva, a Seduc se manifestou ainda sobre a realização de encontros com estudantes repassando esclarecimentos de como eles podem denunciar casos de assédio à direção da escola.
“A Secretaria reitera a necessidade de se manter discrição durante o período investigativo. A secretária Rejane Dias também enviará comunicado sobre o caso ao Ministério Público Estadual e ao Conselho Tutelar para manter esses órgãos informados e obter o apoio dos mesmos para a total apuração dos fatos e punição dos possíveis responsáveis”, diz a Seduc, em nota.
