Delegada diz que garoto de 11 anos pode ter ingerido uma droga em formato de bala
A delegada Luana Alves, da Delegacia de Proteção a Criança e Adolescente (DPCA), declarou que a criança de 11 anos pode ter ingerido algum tipo de droga, no formato de bala, em frente à escola municipal, localizada na zona Leste de Teresina. Além disso, ela informou que, durante o depoimento, a criança teria revelado que essa não seria a primeira vez que a bala teria sido oferecida a ela.
Sobre o depoimento, a delegada disse ainda que a criança apresentava sonolência, sendo que o consumo da bala ocorreu na manhã da última terça-feira (18), que chegou a dormir por 24 horas.
"A criança chegou na delegacia ainda entorpecido, sob efeito de alguma substância que tenha ingerido e, de acordo com o depoimento dela, o único alimento diferente que havia ingerido foi um bombom recebido de um estranho na porta da escola. Ela também disse algumas características dessa pessoa e afirmou que não foi a primeira vez que essa determinada pessoa ofereceu um bombom a ela", explicou a delegada.
De acordo com a Luana, o caso está sendo investigando, inicialmente, como "a disponibilização de drogas a criança e adolescente, presente no artigo 243 no Estatuto da Criança e do Adolescente, gerando detenção de 2 a 4 anos".
A criança - do sexo masculino - foi encaminhada para a Central de Flagrantes de Teresina para a realização do exame toxicológico. A DPCA aguarda os resultados.
O conselheiro tutelar Djan Moreira disse que a criança está internada em uma unidade hospitalar da Zona Leste. Djan também comentou que a criança passou mal durante o depoimento na delegacia e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado.
Alerta aos pais
Na oportunidade, tanto a delegada como o conselheiro disse que até o momento o caso não está relacionado com um jogo de desafios entre adolescentes.
"É muito precipitado associar o caso com esse jogo, mas é preciso atenção dos pais e professores. Nós estamos investigando essa caso em específico, e ainda determinando se o caso trata-se de uma conduta criminosa. Até agora, somente esse caso foi registrado. É preciso que se houver outros, os pais, familiares, venham até a delegacia e façam um registro", declarou a delegada ao Cidadeverde.com.
Delegada Luana alertou e pediu aos pais, professores e demais profissionais da escola que orientem os adolescentes, principalmente as crianças, a não conversarem e receberem produtos de estranhos. "Uma criança bem orientada evita esse tipo de situação", ressaltou.
Entenda o caso
De acordo com a mãe do garoto, na última terça-feira (18) a caminho da escola ele ganhou de presente um bombom de um desconhecido. A criança chegou à unidade escolar quase desacordado após ingerir a bala.
“Ele chegou à escola segurando nas paredes e caindo. A professora o colocou numa cadeira e ele não conseguia ficar sentado e caia. Vimos que o quadro era preocupante e então levamos o garoto até a sua residência e pedimos que a mãe o levasse ao hospital”, conta a professora Elna Nayara Cordeiro, que prestou socorro à criança.
O episódio ocorreu na última terça-feira (18) por volta das 7h. A criança foi levada ao posto de saúde do Planalto Ininga e depois ao hospital do Satélite.
O garoto teve atendimento médico, mas não foi detectado o diagnóstico e teve alta. O Conselho Tutelar foi acionado e acompanha o caso.
O garoto teve atendimento médico, mas não foi detectado o diagnóstico e teve alta. O Conselho Tutelar foi acionado e acompanha o caso.