quinta-feira, 20 de abril de 2017

Delegada diz que garoto de 11 anos pode ter ingerido uma droga em formato de bala

Delegada diz que garoto de 11 anos pode ter ingerido uma droga em formato de bala


A delegada Luana Alves, da Delegacia de Proteção a Criança e Adolescente (DPCA), declarou que a criança de 11 anos pode ter ingerido algum tipo de droga, no formato de bala, em frente à escola municipal, localizada na zona Leste de Teresina. Além disso, ela informou que, durante o depoimento, a criança teria revelado que essa não seria a primeira vez que a bala teria sido oferecida a ela. 
Sobre o depoimento, a delegada disse ainda que a criança apresentava sonolência, sendo que o consumo da bala ocorreu na manhã da última terça-feira (18), que chegou a dormir por 24 horas. 
"A criança chegou na delegacia ainda entorpecido, sob efeito de alguma substância que tenha ingerido e, de acordo com  o depoimento dela, o único alimento diferente que havia ingerido foi um bombom recebido de um estranho na porta da escola. Ela também disse algumas características dessa pessoa e afirmou que não foi a primeira vez que essa determinada pessoa ofereceu um bombom  a ela", explicou a delegada.
De acordo com a Luana, o caso está sendo investigando, inicialmente, como "a disponibilização de drogas a criança e adolescente, presente no artigo 243 no Estatuto da Criança e do Adolescente, gerando detenção de 2 a 4 anos".  
A criança - do sexo masculino - foi encaminhada para a Central de Flagrantes de Teresina para a realização do exame toxicológico. A DPCA aguarda os resultados. 
O conselheiro tutelar Djan Moreira disse que a criança está internada em uma unidade hospitalar da Zona Leste.  Djan também comentou que a criança passou mal durante o depoimento na delegacia e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado. 
Alerta aos pais
Na oportunidade, tanto a delegada como o conselheiro disse que até o momento o caso não está relacionado com um jogo de desafios entre adolescentes.
"É muito precipitado associar o caso com esse jogo, mas é preciso atenção dos pais e professores. Nós estamos investigando essa caso em específico, e ainda determinando se o caso trata-se de uma conduta criminosa. Até agora, somente esse caso foi registrado. É preciso que se houver outros, os pais, familiares, venham até a delegacia e façam um registro", declarou a delegada ao Cidadeverde.com. 
Delegada Luana alertou e pediu aos pais, professores e demais profissionais da escola que orientem os adolescentes, principalmente as crianças, a não conversarem e receberem produtos de estranhos. "Uma criança bem orientada evita esse tipo de situação", ressaltou. 
Entenda o caso 
De acordo com a mãe do garoto, na última terça-feira (18) a caminho da escola ele ganhou de presente um bombom de um desconhecido. A criança chegou à unidade escolar quase desacordado após ingerir a bala.
“Ele chegou à escola segurando nas paredes e caindo. A professora o colocou numa cadeira e ele não conseguia ficar sentado e caia. Vimos que o quadro era preocupante e então levamos o garoto até a sua residência e pedimos que a mãe o levasse ao hospital”, conta a professora Elna Nayara Cordeiro, que prestou socorro à criança.
O episódio ocorreu na última terça-feira (18) por volta das 7h. A criança foi levada ao posto de saúde do Planalto Ininga e depois ao hospital do Satélite.
O garoto teve atendimento médico, mas não foi detectado o diagnóstico e teve alta. O Conselho Tutelar foi acionado e acompanha o caso.

fonte cidadeverde.com