segunda-feira, 15 de maio de 2017

Propina da Odebrecht em obra do Porto de Luís Correia ganha repercussão nacional

Propina da Odebrecht em obra do Porto de Luís Correia ganha repercussão nacional

A Construtora Queiroz Galvão afirmou que não comenta investigações em andamento

O caso do suposto recebimento de propina da Odebrecht para a obra do Porto de Luís Correia foi lembrado nesta segunda-feira (15) em uma reportagem do Jornal Hoje, da TV Globo. Segundo a reportagem, produtores e comerciantes são os principais prejudicados com o fato, já que precisa se deslocar para longe para poder exportas seus produtos.
Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves
Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves
O fato é investigado desde o início do ano quando quatro delatores, Ariel Parente Costa, João Antônio Pacífico Ferreira, Cláudio Melo Filho e Paulo Falcão Corrêa Lima Filho, denunciaram os deputados Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves de receberem propinas para o Porto, e ainda para a obra dos Tabuleiros Litorâneos, projeto de irrigação no Piauí.
Os trechos desses depoimentos foram liberados pelo ministro Edson Fachin, no Supremo Tribunal Federal (STF) em abril passado.
Para a reportagem, o Governo do Piauí afirmou que a ideia é transformar o atracador em um pequeno terminal turístico e pesqueiro, e o que o novo projeto para o Porto precisa de um investimento maior do Governo Federal, algo em torno de R$ 1 bilhão.
Geddel foi ministro da Integração Nacional no governo Lula quando houve a licitação da obra. Já Henrique Eduardo Alves foi presidente da Câmara dos Deputados entre 2013 e 2015. Ambos serão investigados pela Procuradoria da República no Piauí.
Procurado, Geddel Vieira Lima afirmou que não era ministro quando a segunda etapa dos tabuleiros litorâneos foi licitada, e classificou de “desavergonhada mentira” a acusação de pagamento.
A defesa do ex-deputado Henrique Eduardo Alves, através de nota, disse que só vai se manifestar sobre os fatos depois de ter acesso ao inquérito, mas afirmou que seu cliente jamais teve qualquer relação com obras no estado do Piauí.
Já a Odebrecht afirmou em nota entender que é de responsabilidade da Justiça a avaliação dos relatos feitos por seus executivos. A construtora disse também que está colaborando com a Justiça do Brasil e dos países que atua.
A Construtora Queiroz Galvão afirmou que não comenta investigações em andamento.

fonte www.portalaz.com.br