segunda-feira, 15 de maio de 2017

Taxistas fazem lotação em pontos de ônibus em protesto contra o Uber

Taxistas fazem lotação em pontos de ônibus em protesto contra o Uber

Categoria pede reunião com prefeito para cobrar combate ao Uber

Como forma de protesto contra o aplicativo Uber, taxistas de Teresina decidiram fazer lotação: param os táxis em pontos de ônibus e anunciam que vão para determinando ponto da cidade, cobrando o mesmo preço da passagem de ônibus (R$ 3,30 – três reais e trinta centavos) de cada passageiro.
Nesta segunda-feira (15/05), cerca de cem profissionais da categoria se reuniram na praça principal do bairro Monte Castelo, zona sul de Teresina, e de lá saíram direto para os pontos de ônibus.
“Queremos uma reunião com o prefeito Firmino Filho para que ele combate de vez o Uber, que é uma pratica ilegal, mas que vem funcionando normalmente em Teresina e desempregando os taxistas”, disse Genário França Carvalho, que há 11 anos trabalha como taxista e hoje tem tentado mudar de profissão, mas a única coisa que aprendeu foi ser taxista.
“Nossa situação é muito delicada. Temos colegas que trabalham o dia inteiro para chegar em casa no final do expediente com R$ 20,00. Temos colegas vendendo o carro. Eu procurei um emprego e não encontrei. Minha energia está cortada em casa, onde deixo a esposa e os filhos. Não sabemos mais o que fazer”, diz Genário.
Os taxistas manifestantes quererem é que a lei do transporte de passageiros seja cumprida em Teresina. Hoje, existem 2.040 taxistas na capital, o movimento de lotação nas paradas de ônibus, aos poucos vem ganhando mais adeptos.
Desde que o Uber começou a circular em Teresina, as corridas de táxis diminuíram em cerca de 40 por cento. Os taxistas dizem que estão fazendo lotação como forma de sobrevivência deles.
“Precisamos chamar a atenção das autoridades para que seja combatido o Uber. O mercado de Teresina é pequeno, não suporta. Na cidade já existem os alvarás de taxis, mototaxis, em quantidade suportável. Tudo isso é regulamentado. O Uber é ilegal. Se não adotarem providencia, para o cumprimento legal, o negócio vai esculhambar de vez”, grita João Pereira dos Anjos, taxista há 16 anos.

fonte www.portalaz.com.br