Diretoria "entrevistará" presos da Custódia para identificar conflitos
Após mais um conflito entre presos rivais no interior da Casa de Custódia, a diretoria do presídio resolveu colher informações para identificar os presos que possuem conflitos e promover a troca de pavilhão ou mesmo de presídio. "A partir de agora, vamos entrevistá-los um a um e saber qual é o pavilhão que eles podem ser alocados e se não puderem aqui vamos predir transferência", disse.
Reprodução/TV Cidade Verde
O diretor da Custódia, Dênio Marinho, explica que os conflitos existentes entre gangues rivais de Teresina se refletem no presídio. "A Casa de Custódia é o presídio que ainda detém maior segurança do Estado e por isso presos são trazidos para cá. Esta unidade, por mais complexa que seja, é a que tem resposta mais rápida aos problemas. Aqui eles encontraram desafetos no pavilhão. Em Teresina existem conflitos entre gangues e elas, infelizmente, se encontram aqui. Trabalhamos para que isso não aconteça. Mas isso é natural que aconteça", afirma Dênio.
No conflito de ontem, quatro presos e um agente penitenciário ficaram feridos. Um dos detentos teve que ser atendido, mas já teve alta e está fora de perigo. O ferimento do agente, segundo Dênio, não teve relação direta com a briga. "O agente penitenciário escorregou e bateu o rosto na parede", explicou.
Dênio Marinho afirmou ainda que a superlotação da Custódia também contribui para esse acirramento de ânimos. A solução para esse problema, para o diretor, só poderá vir com a construção de uma nova Casa de Custódia.
O diretor reconhece também que o número de agentes penitenciários é pouco para atender à demanda. Porém, segundo ele, o problema de ontem não poderia ser contido mesmo com muitos agentes.